FemTech: o que é e como vai revolucionar a saúde da mulher

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Produtos feitos por mulheres, para mulheres, que juntam a inovação da tecnologia com a humanização de um atendimento eficiente e de qualidade. 

Parece um sonho para você? Então pode se animar, porque ele já é uma realidade no Brasil e no mundo. Estamos falando das FemTech. 

São empresas que apostam no mercado feminino, no conhecimento e no empoderamento para trazer soluções inovadoras. Com isso tudo, as FemTech trazem um enorme impacto na qualidade de vida de mais da metade da população. 

Bateu a curiosidade? Fique com a gente. Vamos contar o que são exatamente essas empresas e porque elas estão conquistando cada vez mais espaço. É só continuar a leitura. 

Entenda o que é FemTech

O termo FemTech é a união de duas palavras: female, ou feminino, e technology, que significa tecnologia. Ou seja: FemTech são empresas que utilizam a tecnologia para oferecer soluções e serviços voltados para as necessidades das mulheres. 

Esses serviços podem ser nas mais diversas áreas: financeira, educacional, jurídica, entre outras. Mas a grande parte das FemTech se concentra em trazer soluções para a saúde das mulheres. 

Essas empresas surgiram devido a uma série de fatores. Um deles é a presença cada vez maior de startups que utilizam a tecnologia para oferecer produtos inovadores a um determinado público. 

Um bom exemplo disso são as fintechs, voltadas para o mercado financeiro, as edtechs, voltadas para a área da educação e as heathtechs, que se concentram na área da saúde.

As FemTech surgem para atender a um público específico. Embora uma enorme parcela da população se identifique com o gênero feminino, há pouquíssimos produtos voltados para mulheres.

Além disso, informações sobre o corpo, a saúde e a sexualidade femininas, que durante muito tempo foram negligenciados, circulam livremente e para um número cada vez maior de pessoas. Essa mudança de comportamento, consequentemente, reflete uma mudança nos hábitos de consumo. 

É aqui que entram as FemTechs. Elas desenvolvem soluções para as necessidades das mulheres, com qualidade, eficiência e criatividade. 

Como as FemTech estão revolucionando a saúde da mulher

Historicamente, a saúde da mulher tem sido negligenciada pela sociedade. Muitos aspectos dos corpos femininos, como a vagina, a vulva, o prazer feminino e até mesmo a menstruação, não são discutidos abertamente. 

Isso ocorre, em grande parte, porque algumas pessoas acreditam que estes assuntos são sujos ou imorais. A consequência é uma grande falta de informação sobre os corpos e sobre a saúde da mulher. 

O resultado dessa falta de diálogo é a dificuldade ou falta de acesso a opções para produtos, tratamentos e serviços de saúde. 

Outra consequência negativa são as informações enganosas ou prejudiciais à saúde devido à propagação de mitos e crenças sem fundamento científico.

A negligência da saúde da mulher ao longo dos anos

Não é de hoje que a saúde da mulher é colocada em segundo plano. 

Em um de seus livros mais famosos, Calibã e a Bruxa, a feminista e filósofa italiana Silvia Fredericci explica as relações entre o controle dos corpos femininos e o surgimento do sistema capitalista. 

De acordo com a autora, as mudanças sociais do início da era moderna também têm como característica marcante o confinamento das mulheres ao lar. 

Para garantir total controle sobre a reprodução feminina, o regime patriarcal tirou o poder medicinal das mãos das mulheres. Até então eram elas as responsáveis pelo conhecimento de ervas e técnicas terapêuticas. 

A saúde e o conhecimento medicinal passam a ser controlados pelos homens, ao passo que as curandeiras mulheres passaram a ser vistas como bruxas, sendo perseguidas pela inquisição. 

A saúde feminina fica, então, subordinada aos interesses masculinos, fato que impactou negativamente a qualidade de vida das mulheres ao longo dos séculos. 

Saúde da mulher hoje: um direito básico

Embora todos esses fatos tenham acontecido há tempos atrás, os impactos negativos são sentidos até os dias atuais. Veja alguns exemplos. 

O controle de natalidade através de métodos contraceptivos, por exemplo, só começou a ser usado por boa parte da população a partir da segunda metade do século 20

Nem é preciso dizer que o acesso a anticoncepcionais é fundamental para que as pessoas com útero possam desfrutar de uma vida sexual plena, livre e responsável.

Outro bom exemplo de como a saúde da mulher foi negligenciada ao longo dos tempos são os produtos de higiene menstrual. 

Durante um bom tempo, o absorvente descartável era a única alternativa disponível. Como sabemos, além de prejudicar o meio ambiente, os absorventes descartáveis podem causar alergia ou irritação nas pessoas. 

No entanto, alternativas como os coletores, só começaram a ganhar o mercado a partir dos anos de 2010. É surpreendente saber que eles existem desde a década de 1930

Um dos grandes fatores responsáveis pelo atraso na chegada dos coletores ao mercado foi o tabu que cercava a menstruação durante boa parte do século 20.

Esses dois exemplos são importantes para mostrar como o desenvolvimento de produtos voltados especificamente para as mulheres podem não só alterar significativamente a qualidade de vida. Eles também são, muitas vezes, fundamentais para garantir direitos básicos como a saúde, a liberdade de escolha e o acesso à informação.

Como as FemTech estão ajudando a melhorar a saúde da mulher

Mas como as FemTech podem impactar a saúde da mulher? Há muitos caminhos possíveis. O primeiro e mais importante deles está no conhecimento. 

Como a maior parte das soluções oferecidas pelas FemTech dizem respeito especificamente à saúde e ao corpo da mulher, torna-se necessário falar abertamente sobre assuntos que até então eram cercados de tabu. 

A maioria esmagadora das FemTech entendem que a informação do público é uma etapa fundamental para o sucesso no mundo dos negócios. Afinal, é preciso conscientizar o mercado consumidor sobre as soluções e produtos trazidos pelas empresas. 

Desta forma, temas como monitoramento do ciclo menstrual, sexualidade, gestação, aleitamento, e muitos outros começam a ser abordados de forma simples, direta e informativa.

FemTechs estrangeiras incríveis

Algumas FemTechs criadas no exterior criaram excelentes produtos, que permitem o autoconhecimento e que promovem a saúde do público.

O aplicativo Clue, por exemplo, que é voltado para o monitoramento do ciclo menstrual, tem um enorme acervo de informações sobre a saúde reprodutiva. 

A empresa zela por informações com base científica e confiável e usa a inteligência artificial para oferecer um monitoramento preciso das diversas etapas do ciclo. O maior objetivo do Clue é auxiliar as pessoas a fazer escolhas bem informadas sobre o próprio corpo. 

Já o Woom também oferece monitoramento dos ciclos, mas é voltado para a fertilidade. O objetivo é trazer informações sobre cada etapa da maternidade de forma responsável e ética. 

As ferramentas disponibilizadas utilizam a tecnologia para  promover o bem estar e para auxiliar a gravidez de forma personalizada. O blog da empresa traz informações relevantes para todas as pessoas, como: sexualidade, estilo de vida e hábitos saudáveis. 

Já a Lioness é especializada em prazer sexual. O vibrador da marca vem equipado com diversos sensores e pode ser sincronizado com um aplicativo. 

O app armazena os dados a cada sessão e registra as respostas do corpo, coletadas pelos sensores. Com o tempo, é possível entender melhor que fatores podem ou não influenciar o prazer. 

O produto é desenvolvido através de pesquisas comportamentais e laboratoriais e tem como proposta principal fazer com que as pessoas conheçam cada vez mais o próprio corpo. O site tem, ainda, uma sessão incrível com diversos artigos sobre comportamento, prazer e sexualidade.

Além do impacto econômico, as FemTechs tem um valor imenso para as mulheres. Trata-se do conhecimento disponibilizado de forma simples e acessível a todas as pessoas. 

Com ele, cada pessoa pode optar de forma responsável e consciente em consumir ou não as soluções ofertadas pelas empresas.

Como está o mercado das FemTech no Brasil

mulher sentada em uma mesa com sua filha no colo. Elas estão sorrindo e olhando para um celular

Mas… como anda o mercado das FemTech aqui no Brasil? A verdade é que estamos apenas começando a explorar as possibilidades. 

De acordo com o Femtechs Brasil, uma das principais associações de empresas brasileiras de FemTech, menos de 5% das startups nacionais são comandadas exclusivamente por mulheres. E um número ainda menor, apenas 3%, consegue investimentos voltados para a saúde e tecnologia. 

Ainda assim, as expectativas de sucesso são bem altas. Afinal, além do fato de que as mulheres representam uma enorme fatia do mercado consumidor, é preciso lembrar que são elas as responsáveis por grande parte das decisões no que se refere a cuidados e saúde da família. 

Ao que tudo indica, as FemTechs vieram com tudo para revolucionar o mercado de produtos e serviços para mulheres. 

Não é por acaso que temos várias empresas nacionais excelentes e que já se destacam nesse ramo. Elas trazem soluções inovadoras para as mais diversas áreas do cotidiano.

Descubra algumas das mais interessantes e promissoras FemTech do brasil:

Zeal Biosciences

A Zeal existe desde 2016 e foi criada pela doutora Caroline Brunetto de Farias, pediatra e doutora em biologia molecular. A proposta é oferecer soluções seguras, confiáveis e acessíveis no diagnóstico e tratamento do câncer, melhorando a qualidade de vida das pacientes. 

Dentre os produtos oferecidos, estão o RapiCervix, um auto teste para detectar lesões no colo do útero e o SelfCervix, que permite que a própria pessoa colete amostras do colo do útero para fazer o exame.

 A proposta é facilitar o acesso a estes exames, aumentando a possibilidade de fazer o diagnóstico precoce para doenças como o câncer de colo de útero. Quer saber mais? Tem até uma dissertação de mestrado sobre a eficácia dessas ferramentas para a saúde da mulher.

Pantys

Será que é possível pensar em inovação tecnológica quando o assunto é calcinha? Para a dupla Emily Ewell e Maria Eduarda Camargo, é sim. A Pantys foi criada para levar roupas íntimas absorventes para o cotidiano das pessoas. 

O carro chefe da marca são as calcinhas e cuecas feitas para usar durante a menstruação. Mas há outros produtos, como: sutiãs absorventes, calcinhas para o pós-parto e roupa íntima para quem tem incontinência urinária. Você também encontrará leggings e roupas de banho para poder praticar qualquer atividade física durante o período menstrual.

A tecnologia está justamente no material utilizado para fabricar as peças. Todos os produtos da marca são anti-odores, anti-bacterianos, veganos e reutilizáveis. Há diversas opções de modelos, com um design bonito e discreto. 

A proposta é levar cada vez mais conforto para as pessoas com útero. A Pantys tem certificação ambiental Sistema B, para gerar o mínimo de impacto no meio ambiente. Como se não bastasse, o site tem três blogs, divididos por temas. Um sobre a empresa, outro sobre menstruação e o terceiro voltado para a independência financeira.

OneLady

A proposta da OneLady é criar uma plataforma para oferecer apenas produtos criados por mulheres. O foco são marcas autorais, voltadas para os segmentos de moda e decoração.

Mais do que uma plataforma de compra e venda, a intenção é criar uma comunidade que valorize a conexão entre as pessoas. Para isso, a OneLady busca valorizar histórias e experiências de mulheres ao redor do mundo, estimulando o consumo consciente e valorizando a produção ética. 

A fundadora da empresa, Délia Berenice Zefiro, tem uma enorme experiência em marketing digital e tem como objetivo promover a igualdade de gêneros no mundo dos negócios.

Elas que Lucrem

Esta incrível plataforma é voltada para a educação financeira e emocional de mulheres. O Elas que Lucrem oferece cursos para quem quer empreender, avançar na carreira ou investir. 

Além disso, também é possível contar com apoio especializado para conquistar seus objetivos, aulas ao vivo e métodos simplificados para acompanhar sua vida financeira. 

A empresa foi criada pela economista Francine Mendes com a proposta de levar a independência financeira para o maior número possível de mulheres. 

O site tem várias colunas sobre o assunto, estimulando a autonomia na hora de tomar decisões inteligentes e responsáveis quando o assunto é dinheiro.

B2Mammy

A B2Mammy é um hub de inovação para que mães possam ser economicamente independentes e ocupar posições de liderança no mercado de trabalho. 

De acordo com a fundadora Dani Junco, a ideia surgiu a partir da dificuldade de equilibrar os dois papéis, de mãe e de profissional. Junco decidiu então criar uma comunidade para educar e acelerar a carreira de outras mulheres. 

Atualmente, são muitas as soluções oferecidas pela empresa. Cursos de capacitação, mentorias, programas e jornadas de aprendizagem, entre outros. 

Além disso, o app Mãe fora da caixa foi desenvolvido como uma rede de apoio virtual. Por lá, é possível trocar experiências com outras 27 mil usuárias e participar de grupos, receber conteúdos exclusivos e muito mais em uma ambiente seguro e acolhedor. 

Gestar

A Gestar é uma plataforma que oferece diversos profissionais especializados na saúde de gestantes, mães e crianças. 

São diversas categorias como: aromaterapeutas, consultoras de amamentação, doulas, fonoaudiólogas, equipes de parto, placenteiras, ginecologistas, musicoterapeutas e muitos outros. Todas as profissionais cadastradas na plataforma são pré-selecionadas e seguem a linha de atendimento humanizado. 

Basta entrar na plataforma, escolher a especialidade e o profissional que melhor atende aos seus objetivos e marcar a consulta. A empresa também oferece um blog com textos escritos por profissionais da saúde sobre assuntos relacionados à gestação e à maternidade.

A Gestar foi criada por Lettycia Vidal para oferecer profissionais confiáveis e qualificados para os cuidados com pré-natal, nascimento e durante os primeiros anos de vida da criança.

Oya Care

A Oya Care é uma clínica virtual, voltada para a ginecologia e para a fertilidade, ajudando as pessoas com ovários a entender mais sobre o próprio corpo. 

Todos os profissionais da Oya são capacitados em empatia digital. A clínica oferece consultoria para ajudar a decidir o melhor método anticoncepcional e SOS Ginecologia, para fazer consultas virtuais. Também é possível fazer uma avaliação aprofundada sobre a vida fértil. 

De acordo com a criadora, Stephanie Toledo, o principal objetivo da Oya é promover a autonomia feminina e prevenir problemas de saúde com discrição e praticidade. Dentre os conteúdos oferecidos gratuitamente, há um podcast, vídeos e um blog com diversos conteúdos sobre saúde íntima. 

Feel Lilit

A Feel é especializada em cosméticos que proporcionam saúde, prazer e bem-estar. Alguns deles são o lubrificante íntimo à base de água e o óleo calmante vegetal para a parte externa do corpo. 

Neste ano, a empresa Feel se uniu à Lilit e passou a oferecer também brinquedos eróticos como vibradores e sugadores de clitóris.  Com isso, a marca fortalece ainda mais seu posicionamento no ramo de bem-estar sexual. 

O comando da Feel Lilit fica por conta de Marina Ratton, responsável pelo desenvolvimento dos cosméticos e Marília Ponte. A última, fundadora da Lilit, se encarrega dos brinquedos eróticos, voltados para o bem-estar sexual.

Theia

A jornada para a maternidade pode ser bem assustadora quando o assunto é o sistema de saúde. Muitas mulheres encontram dificuldades para escolher o melhor atendimento. Outras se sentem julgadas pelos profissionais da área médica. 

Pensando nisso, a Theia oferece total apoio para que cada pessoa possa ter controle sobre a gravidez. Desde o planejamento da gestação até o primeiro ano de vida do bebê, é possível contar com profissionais especializados e acolhedores a cada etapa. 

Os pilares da empresa são: respeito à autonomia de cada paciente, cuidado integral através de equipes multidisciplinares, acolhimento e atendimento individualizado. 

O comando da empresa fica por conta de Flavia Deutsch Gotfryd e Paula Crespi. Elas tiveram a ideia ao perceber que a palavra “medo” aparecia com enorme frequência nas conversas e pesquisas sobre maternidade. 

O objetivo, de acordo com as fundadoras, é oferecer serviços de qualidade, apoio e segurança para quem está passando pela gestação.

Plena Pausa

O climatério e a menopausa são momentos que costumam causar insegurança e mal estar para boa parte das pessoas que menstruam. 

O corpo passa por uma série de mudanças e, por ser um processo associado à idade, muitas pessoas se sentem incomodadas, mas tendem a ignorar os sintomas. 

A Plenapausa tem como missão disseminar informações, acolhimento e soluções para quem está passando por esta etapa. 

Além dos produtos voltados para o alívio dos sintomas, a empresa oferece um aplicativo para acompanhar as fases da menopausa e encontros mensais gratuitos para trocar experiências e conhecimento. 

A empresa foi criada por Marcia Cunha e Carla Moussali.  Ambas acompanharam de perto os transtornos que a falta de informações causa para quem passa pela menopausa e decidiram virar o jogo, aumentando a conscientização e o diálogo sobre o assunto.

Qual o futuro das FemTech?

mulher está com roupa de ginástica e com óculos de realidade virtual. A mulher está em posição de luta como se estivesse fazendo exercício com o auxílio da realidade virtual

As FemTech, como pudemos ver, estão oferecendo serviços de qualidade com soluções inovadoras que podem impactar a vida do público de forma bastante significativa. É possível encontrar empresas voltadas para os mais diversos aspectos do cotidiano. Mas as expectativas para o futuro se concentram em algumas áreas específicas.

Dentre as principais tendências do mercado, quatro tipos de soluções se destacam. São elas:

  • Aplicativos de monitoramento feitos especificamente para mulheres – nós já vemos essa tendência em apps feitos para acompanhar o ciclo menstrual, exercícios, vida sexual, entre outros;
  • Planejamento familiar – produtos e serviços feitos para auxiliar o controle de natalidade;
  • Assistência para a fertilidade – plataformas e serviços pensados para democratizar o acesso a tratamentos médicos feitos para quem quer engravidar;
  • Indústria da beleza – o uso da inteligência artificial tem um enorme potencial para que as empresas possam oferecer produtos cada vez mais eficazes.

Não por acaso, as previsões do ponto de vista financeiro são extremamente otimistas. Estima-se que, até o ano de 2025, as FemTech podem se tornar uma indústria com valor de, aproximadamente, 50 bilhões de dólares. O futuro, ao que parece, é extremamente favorável para as FemTech.

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