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Medusa: monstro ou vítima injustiçada?

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Você já ouviu falar no arquétipo da Medusa? Criado a partir da mitologia grega, ele representa o lado feminino sombrio, sendo considerado perigoso e ameaçador para os homens. 

Ao longo da história, Medusa se tornou símbolo de uma natureza monstruosa, capaz de destruir aqueles ao seu redor. Mas será que isso é mesmo verdade? Hoje iremos falar sobre esse mito fascinante. Leia e descubra mais.

Conheça a história real do mito da Deusa Medusa

Quem era Medusa e como ela se tornou uma criatura conhecida pelo aspecto monstruoso? Vamos entender melhor a história.

Antes de continuarmos, é importante deixar um alerta de gatilho. A história de Medusa aborda violência sexual, trauma, abuso psicológico, violência física e morte. Caso você não se sinta confortável, pare por aqui e explore outros temas

Se você decidiu continuar a leitura, descubra mais sobre essa criatura fascinante e injustiçada.

Medusa antes de ser amaldiçoada

Medusa era filha de duas divindades do mar: Ceto e Phorcys. Ceto tinha domínio sobre os monstros marinhos, tais como baleias e tubarões. Phorcys comandava os perigos ocultos do mar, que deveriam permanecer um mistério para a humanidade. 

O casal teve três filhas: Sthenno, Euryale e Medusa. Apenas Medusa era mortal. Ela era uma mulher muito bonita, que gostava de cuidar da própria aparência. Além disso, Medusa era sacerdotisa no templo de Atena, deusa da sabedoria. 

A deusa exigia que suas sacerdotisas não tivessem relações sexuais. Em diversas ocasiões, Atena repreendeu a vaidade jovem. Isso porque a deusa acreditava que a beleza de Medusa poderia fazer com que a jovem quebrasse os votos de castidade. 

Além disso, a beleza de Medusa atraía homens de todas as partes da Grécia até o templo de Atena. O objetivo não era cultuar a deusa, eles queriam apenas cortejar Medusa. Para Atena, era natural  que os homens buscassem incessantemente moças bonitas. A culpa, portanto, era de Medusa, que os provocava com a sua beleza.  

A aparência de Medusa atraía também a atenção dos deuses. Poseidon, deus dos mares, era fascinado pela jovem. Em diversas ocasiões, ele tentou ter relações sexuais com Medusa. A moça, entretanto, se conservava casta e fiel aos mandamentos de Atena.

Medusa e Poseidon: por que a Deusa foi amaldiçoada

Poseidon e Atena competiam para saber quem seria o patrono de uma importante cidade grega. Cada divindade deveria oferecer um presente ao povo para que este escolhesse o vencedor da disputa. 

Poseidon presenteou a cidade com uma fonte de água e Atena deu uma muda de oliveira, para que fosse possível fabricar azeite. As pessoas escolheram a deusa. Por este motivo, a cidade recebeu o nome de Atenas. Poseidon não ficou feliz com o resultado. 

Como vingança, Poseidon decidiu violar o templo de Atena. Na ocasião, ele também estuprou uma de suas sacerdotisas: Medusa. Aqui há variações importantes no mito. 

Algumas fontes, como o poeta Ovídio, afirmam que Medusa foi estuprada. Ao passo que outras histórias, como aquela narrada por Hesíodo, dizem que a relação entre Medusa e Poseidon foi consensual. 

Por se tratar de uma história mitológica, não existe uma verdade ou um fato real. O que temos são as narrativas diferentes, que se desenvolveram ao longo dos tempos.

A transformação de Medusa

Independente do que tenha ocorrido entre Medusa e Poseidon, o fato é que  a jovem continuou a frequentar o templo de Atena. Medusa contou para a deusa que Poseidon havia cometido estupro. 

Atena não foi compreensiva. Pelo contrário. A deusa afirmou que a culpa pelo ocorrido era de Medusa. De acordo com Atena, a jovem insistia em manter a vaidade, provocando os seres do sexo masculino. 

Atena decidiu então amaldiçoar Medusa, tirando toda a sua beleza. Medusa e suas duas irmãs foram transformadas em górgonas, criaturas de aparência medonha, que causavam terror em quem as olhasse. 

Aqui, novamente, há algumas variações na mitologia. Algumas histórias dizem que as duas irmãs de Medusa eram górgonas desde o nascimento. Nessas versões, apenas Medusa é punida por Atena. Após receber o castigo, Medusa se junta a suas irmãs. 

As górgonas tinham cabelos feitos de cobras, dentes afiados e garras. Apesar da transformação, Medusa permaneceu como a única mortal no trio de górgonas. Elas viviam em uma caverna, localizada em uma ilha distante e isolada.   

Perseu e a morte de Medusa

estátua do Perseu segurando orgulhosamente a cabeça da Medusa em uma mão e uma espada na outra

O assassinato de Medusa foi o que a tornou famosa na mitologia grega. Para entendermos como essa história aconteceu, precisamos conhecer outros personagens e suas histórias. 

Dânae e Perseu

Houve um dia em que Acrísio, rei de Argos, recebeu uma profecia. Ela dizia que o rei seria morto por um de seus netos. Para se proteger, Acrísio aprisionou a própria filha, Dânae. O intuito era impedir que ela ficasse grávida. 

Acontece que Zeus, a mais poderosa divindade do Olimpo, estava determinado a ter relações sexuais com Dânae. O deus tomou a forma de uma chuva de ouro para poder entrar no local onde a moça estava presa. Algum tempo depois, Dânae deu a luz a Perseu. 

Acrísio colocou Dânae e Perseu em um baú, que foi lançado no oceano. O baú foi encontrado em um local distante chamado de Serifos. Dânae e Perseu ainda estavam vivos. Dictis, que era irmão do rei de Serifos, adotou Perseu. 

O tempo passou e o menino se tornou um guerreiro. Enquanto isso, Dânae passou a ser assediada por Polidectes, rei de Serifos. Perseu sempre protegia Dânae contra as investidas indesejadas do rei. 

Frustrado, Polidectes concebeu um plano para afastar Perseu e Dânae. Circulavam diversas histórias sobre as górgonas. As pessoas sabiam que uma delas era mortal e que aquele que conseguisse sua cabeça teria um grande poder. 

Afinal, qualquer pessoa que olhasse diretamente para o rosto de Medusa seria petrificado. Diversos guerreiros haviam tentado matar Medusa, mas nenhum deles tivera sucesso.

A missão de Perseu

Polidectes ordenou que Perseu obtivesse a cabeça de Medusa. O rei acreditava que Perseu não conseguiria retornar. 

Perseu decidiu pedir auxílio aos deuses para ter sucesso em sua tarefa. Quatro divindades lhe deram objetos mágicos. Hades, que comandava o mundo dos mortos, deu um capacete que deixava a pessoa invisível. 

Hermes, deus da diplomacia, deu sandálias com asas. Atena deu um escudo que tinha o mesmo reflexo de um espelho. Zeus deu uma espada extremamente afiada, que conseguia arrancar a cabeça de uma criatura com um único golpe.

Com o capacete, Perseu conseguiu entrar na moradia das górgonas sem ser percebido. Depois, ele utilizou o escudo para poder olhar apenas para o reflexo das górgonas. Isso evitou que Perseu se transformasse em pedra. 

Perseu esperou que as górgonas estivessem dormindo. Quando o momento chegou, ele utilizou a espada para decapitar Medusa rapidamente. As sandálias com asas ajudaram Perseu a fugir. Desta forma, ele evitou o combate com as irmãs de Medusa. 

O assassinato de Medusa

Quando Medusa foi decapitada, seu sangue caiu na espuma branca do mar. E então nasceu Pégaso, o cavalo alado. Em seguida, veio Crisaor, o gigante da espada de ouro..

De acordo com o poeta Ovídio, isso aconteceu porque Medusa ficou grávida de Poseidon. Como ela havia sido amaldiçoada, os filhos só podem nascer após a morte da mãe. 

Quando retornou a Serifos, Perseu ergueu a cabeça de Medusa bem diante do rosto do rei. Ao olhar diretamente para a górgona, Polidectes se transformou em pedra. Com isso, Perseu conseguiu, ao mesmo tempo, se vingar do rei e proteger Dânae. 

De acordo com as lendas, Perseu utilizou a cabeça de Medusa como arma em mais de uma ocasião. A maior parte das representações de Perseu na arte ocidental mostram o momento em que ele ergue a cabeça da górgona para seus inimigos. 

Após algum tempo, Perseu entregou a cabeça de Medusa para Atena. A deusa colocou o presente em seu próprio escudo. O objeto adquiriu poderes de proteção mágicos. Em grego arcaico, a palavra “medusa” significa “guardiã” ou protetora”.

Uma curiosidade: muitos anos depois de todos esses acontecimentos, Perseu estava participando de uma competição esportiva. Ele arremessou um disco de ferro que, acidentalmente, atingiu um homem idoso. 

Este homem era Acrísio, o rei de Argos que havia prendido Dânae. Dessa forma, a profecia que indicava a morte de Acrísio pelas mãos de seu próprio neto foi cumprida. 

Afinal, por que Medusa é retratada como um monstro

foto do rosto de uma estátua da Medusa. O rosto da Medusa está ameaçador. Ela está com a boca aberta com dentes parecendo de vampiro, com os caninos alongados. As cobras em sua cabeça tbm estão ameaçadoras parecendo que vão atacar quem se aproximar.

A história de Medusa mostra duas mulheres que precisam lidar com o assédio sexual. Dânae, que conta com o apoio de um homem, fica a salvo e pode continuar sua vida normalmente. 

Medusa, que não contava com a proteção masculina, tem um destino muito ruim. Sob esta ótica, o mito alerta para os perigos de ser uma mulher sozinha, que não tem um homem para protegê-la. 

Além disso, o mito aponta para a falta de solidariedade entre as mulheres. Mesmo Atena, uma poderosa deusa, nada fez para aliviar o sofrimento de Medusa após a violência sofrida. Pelo contrário. Medusa é punida três vezes pela deusa. 

A primeira ocorre quando Medusa é transformada em um monstro. A segunda acontece quando Atena auxilia Perseu, contribuindo diretamente para o ssassinato da górgona. Por fim, Atena toma para si a cabeça de Medusa, transformando-a em um troféu. 

Reduzida a uma cabeça com poderes mágicos, qualquer dimensão humana de Medusa desaparece. Ela se torna um objeto, cujo valor está relacionado apenas a sua utilidade. 

Medusa aparece, assim, duplamente objetificada. Como uma bela jovem, Medusa tem valor apenas pela sua aparência física. Como um monstro decapitado, Medusa é valorizada por seus poderes mágicos. 

Medusa e o olhar para além do monstro

A artista visual Leah Mariani, que pesquisou o mito da Medusa, faz uma observação bastante interessante. A partir do século 5 a.C., há uma transformação radical na representação das górgonas. 

Elas, que antes eram representadas como criaturas com o corpo horrendo, ganham formas curvilíneas e sedutoras. Ou seja: Medusa deixa de ser um monstro para se tornar uma bela e misteriosa mulher.  

Essa transformação modifica também a simbologia associada à Medusa. Ela deixa de ser um símbolo de proteção para encarnar a mulher atraente e perigosa. Para Mariani, este é o motivo pelo qual a história sobre a morte de Medusa se tornou um episódio bastante representado da mitologia.

Ele mostra o triunfo do homem capaz de dominar a mulher atraente de natureza má. Nesse sentido, a história de Perseu e Medusa é um elogio à supremacia masculina.

De acordo com Leah Mariani, apesar de ser representada como um monstro, nada indica que Medusa tenha natureza maléfica. Durante sua existência como humana, Medusa é descrita como uma devota fiel. 

Ao ser transformada em górgona, Medusa ganha imenso poder. Apesar disso, Medusa escolhe não fazer mal a nenhuma criatura viva. Ela se retira para um local distante, onde seria difícil que alguém a encontrasse. 

Como se isso não fosse o suficiente, a górgona Medusa costuma ser descrita como terrivelmente solitária. Parece haver um esforço coletivo para esquecer que Medusa vivia com suas duas irmãs. 

Não há muitos contos sobre a vida das três górgonas antes da chegada de Perseu. Mas, ao que tudo indica, havia laços de afeto entre as irmãs. Quando Medusa é assassinada, as outras górgonas emitem um ruído terrível, que é descrito como um som de congelar o coração. Além disso, elas tentam (sem sucesso) capturar Perseu para vingar a morte de Medusa. 

Ao contrário de Atena, Medusa não deseja vingança. Ela quer apenas viver em paz, desejo que é duplamente desrespeitado. 

A Medusa humana precisa lidar com os homens, que tentam seduzi-la apesar de saberem sobre seu voto de castidade. Finalmente, Poseidon comete estupro porque não aceita ser rejeitado pela jovem. 

A Medusa górgona deseja viver afastada do mundo, para não petrificar outras criaturas. Independente disso, diversos guerreiros homens a procuram na tentativa de obter sua cabeça. 

Finalmente, Perseu, após matar Medusa, a retira do isolamento. Ele passa a utilizar a cabeça da górgona como arma mortal. Apesar disso, Perseu é retratado como herói ao passo que Medusa adquire o status de monstro. 

Paixão pelo incomum

Na década de 1990, o estilista Gianni Versace lançou o novo logotipo de sua marca. A imagem mostrava a cabeça de Medusa. Versace acreditava que Medusa não tinha nada de feio. ela era considerada monstruosa por ter uma beleza incomum e fora dos padrões. 

Para Versace, este é o motivo que fazia com que as pessoas ficassem paralisadas diante de Medusa. Sua beleza causava espanto e o observador queria ficar contemplando a górgona para sempre. 

Versace quis levar esses atributos para sua própria marca. A ideia era indicar que os produtos da marca eram, ao mesmo tempo, belíssimos e diferentes de tudo aquilo que estava disponível no mercado. 

Medusa e sua simbologia para o feminismo

mulher muito bonita olhando diretamente para a câmera. Ela está com um vestido de alça e um arquinho na cabeça que imita as cobras que são os "cabelos" da Medusa.

Nos dias atuais, a história de Medusa levanta pontos importantes para a reflexão sobre o gênero e a violência sexual. 

Um desses pontos está na dúvida sobre a relação sexual entre Medusa e Poseidon. Até os dias de hoje, é difícil provar um crime de estupro ou de abuso sexual. A palavra da pessoa que passou por violência sexual é frequentemente questionada. É comum que pessoas acusadas de cometer violência sexual usem como defesa alegações de que os atos foram consentidos.  

De maneira semelhante, na mitologia grega, a palavra de Medusa é posta em dúvida. Há variações que afirmam que a relação entre Medusa e Poseidon foi consensual. A jovem teria dito que se tratava de um estupro apenas para escapar da punição de Atena. 

A feminista Virginie Despentes, que já sofreu violência sexual, fala sobre a dificuldade que isso gera para as pesoas que passam por isso. Ela afirma que, sob a ótica patriarcal, uma mulher que de fato não deseja uma relação sexual prefere morrer. Nesse sentido, para o patriarcado, a simples sobrevivência da pessoa que sofreu violência sexual é uma prova de consentimento. 

Nas palavras de Virginie: “a palavra de uma mulher que acusa um homem de estupro é, acima de tudo, uma palavra da qual duvidamos”. De forma semelhante, as variações sobre o estupro no mito de Medusa mostram que a palavra da pessoa que sofreu violência sexual está permanentemente sujeita à dúvida. 

Despentes também fala sobre o papel que a aparência e o comportamento de uma mulher adquirem no contexto da violência sexual. É comum que a pessoa que sofreu violência seja responsabilizada pelo estupro sofrido. 

A história de Medusa é emblemática em relação à culpabilização da pessoa que sofre violência sexual. No mito, Medusa é duramente culpada e castigada por ter sido estuprada. 

Atena é uma das mais importantes deusas do panteão grego. Ela é associada a atributos como: sabedoria, justiça e inteligência. Apesar disso, era raro que Atena defendesse as mulheres. 

Diversas histórias mitológicas indicam que Atena costumava agir em defesa dos valores masculinos. Ao castigar Medusa, Atena encarna a justiça do patriarcado.

O isolamento de Medusa após sua transformação pode ser compreendido como um símbolo do silenciamento imposto às pessoas que sofrem atos de violência sexual. Poseidon, vale a pena lembrar, não sofre nenhuma sanção pela violência que cometeu.

A metamorfose de Medusa

A mudança física de Medusa, no mito, tem o objetivo de castigar. Mas sua transformação em górgona tem sido compreendida de forma positiva recentemente. 

A metamorfose de Medusa pode ser compreendida como o crescimento que ocorre quando uma pessoa passa por momentos difíceis. Sendo assim, Medusa se torna um símbolo de resiliência e de força. 

Para a escritora Isabel Panadero, a transformação de Medusa pode ser vista como um dom. Medusa ganhou o poder de petrificar qualquer pessoa, portanto, ela jamais seria submetida novamente à violência sexual. 

Para Panadero, a beleza humana de Medusa indica o lugar reservado à mulher na sociedade patriarcal: ela deve ser dócil e submissa. A raiva não deve ter lugar no corpo feminino. Uma mulher enfurecida, que fica indignada com a violência imposta pelos homens, passa a ser percebida como um monstro. 

De acordo com a historiadora Mary Beard, Medusa ganha um grande poder quando é transformada. Com isso, ela se torna uma ameaça para os homens e, portanto, deve ser eliminada. 

O terrível tratamento dado a Medusa após a sua morte pode ser compreendido como uma advertência. As mulheres que ameaçam e que desafiam os homens devem esperar o pior dos destinos. 

Medusa e o empoderamento das mulheres

Na década de 1970, a femista Hélene Cixous escreveu um importante texto intitulado “O riso da Medusa”. Cixous defende que a história da Medusa, assim como a maior parte das histórias sobre mulheres, é escrita por homens. 

Ao longo dos tempos, as mulheres foram representadas apenas por homens. Medusa é vista como monstro pela ótica masculina. Isso ocorre porque Medusa ameaça o poder dos homens. Para a escritora, Medusa é uma metáfora para o poder feminino. 

As criações intelectuais das mulheres são importantes. Entre outros fatores, porque elas trazem uma nova perspectiva para histórias e fatos que antes eram contados apenas pelos homens.

Com esta premissa, Cixous diz às leitoras: “Olhe diretamente para Medusa e você poderá enxergá-la. Ela não é perigosa. Ela é linda e está rindo”.

A transformação de Medusa em górgona tem sido utilizada também para empoderar as mulheres que passaram por violências sexuais. 

A imagem da Medusa é utilizada para protestar contra o estigma associado a pessoas que passaram por algum tipo de violência sexual. Dessa forma, a imagem de Medusa protesta contra a vergonha, o silêncio e a culpa socialmente atribuídos às pessoas que sofrem violência sexual. 

Diversos artistas começaram a representar Medusa como uma forma de apoiar as pessoas que passaram por violência sexual. 

No ano de 2018, a artista  plástica Judy Takacs criou uma pintura intitulada “#me(dusa) too”. A ideia é apoiar o movimento MeToo, em que as mulheres denunciam abusos e estupros.

Em 2020, uma estátua de Medusa foi colocada em frente ao Tribunal de Nova Iorque, onde diversos casos de estupro são julgados. A obra, criada pelo artista Luciano Garibaldi, mostra Medusa segurando a cabeça de Perseu. 

Medusa na cultura pop: 10 dicas de livros, filmes e séries

Você quer conhecer ainda mais o mito de Medusa? Confira algumas produções sobre esse assunto.

6 livros sobre Medusa

  • O riso da Medusa: Hélène Cixous se apropria do mito de Medusa para falar sobre a importância de que as mulheres escrevam própria história. 
  • Olhar Petrificante: A história da Medusa: Neste romance, Nathalie Haynes imagina um período pouco explorado na mitologia. Como teria sido a vida de Medusa após ela ter se transformado em uma górgona.
  • Medusas: o que dizem as mulheres: Livro com diversas poesias criadas a partir da história de Medusa. São abordados diversos temas como: amor, medo e identidade feminina.
  •  O segredo da Medusa: A autora Hannah Lynn conta a história de Medusa com uma perspectiva diferente. A ideia é mostrar como a história trata as mulheres que não se submetem aos padrões socialmente estabelecidos. 
  • A língua da Medusa: São vários contos em que a autora, Gabrielle Leal, cria histórias a partir de diferentes arquétipos femininos. A ideia é refletir sobre os papéis de gênero impostos pela sociedade.
  • Metamorfoses: O poeta Ovídio conta diversas histórias da mitologia grega. Uma delas é sobre Medusa. Esta obra é uma das primeiras a mostrar que a relação entre Medusa e Poseidon como uma violência sexual.

3 filmes sobre Medusa

  • Fúria de Titãs: O filme narra a história de Perseu, que tenta salvar o mundo da destruição. É uma boa pedida para pessoas que gostam de cenas de ação e para quem quer conhecer mais sobre como Perseu utilizava a cabeça de Medusa contra os inimigos.

Onde Assistir: Amazon PrimeHBOMax; Youtube; Google Play; Apple TV

  • Percy Jackson e o ladrão de Raios: O filme mostra as aventuras de Percy Jackson, um adolescente comum que descobre ser filho de um deus grego. Ele entrará em contato com diversas criaturas da mitologia. Uma delas é a Medusa, interpretada por Uma Thurman.

Onde assistir: Disney +

  • Medusa: Neste filme brasileiro de terror, o mito de Medusa é transportado para os dias atuais. A história mostra um grupo de mulheres que querem controlar o comportamento de todos à sua volta. Elas passam a andar pelas ruas para punir outras mulheres, cujo comportamento é percebido pelo grupo como inadequado.

Onde assistir: Amazon Prime

1 série sobre medusa

  • Inumanos: A série do universo Marvel mostra um grupo de heróis que não são humanos enfrentando diversos perigos. Um deles é a Medusa. Opção interessante para pessoas que não perdem obras baseadas em Histórias em Quadrinhos. 

Onde Assistir: Disney +

Perguntas frequente sobre Medusa

Respondemos as perguntas mais comuns sobre a Medusa.

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