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Métodos Contraceptivos: você conhece os mais de 20 tipos?

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Hoje nós vamos falar sobre responsabilidade. Ter uma vida sexual plena está diretamente relacionado à segurança de fazer boas escolhas e evitar consequências indesejadas

Uma delas, claro, é a gravidez.  E é aqui que entram os métodos contraceptivos. Eles foram criados para evitar a fecundação do óvulo por um espermatozóide. 

Antes de mais nada, é importante ressaltar que os métodos  contraceptivos são voltados para a prevenção. Logo, não são métodos utilizados para dar fim a uma gestação que já está em curso. 

E, se no passado, o assunto era tabu e existiam poucas escolhas, saiba que hoje isso mudou muito. São mais de 20 métodos contraceptivos disponíveis. Como tudo na vida, cada um tem suas vantagens e desvantagens. 

Na hora de optar por um deles, é importante ter consciência das indicações e da eficácia de cada um. Assim, será mais fácil decidir aquilo que funciona ou não para você e seu estilo de vida.

E hoje vamos contar tudo sobre este assunto importantíssimo para você.

História e evolução dos métodos contraceptivos

uma escultura de madeira segurando uma camisinha

Desde quando existem os métodos anticoncepcionais? Acredite se quiser: desde a antiguidade. 

Os primeiros métodos contraceptivos eram fitoterápicos e foram utilizados no Antigo Egito, Mesopotâmia e Grécia. 

Durante a Idade Média, o controle de natalidade era considerado imoral. Os preservativos, feitos de tripa de animais, foram criados durante o Renascimento, para impedir doenças como a sífilis.  

No século 19 os preservativos passaram a ser feitos de borracha e se tornaram mais populares graças à Revolução Industrial. Outros produtos anticoncepcionais, como duchas e espermicidas, eram vendidos como produtos de “higiene feminina”.

No início do século 20, os primeiros dispositivos intrauterinos foram desenvolvidos na Europa. Na década de 1950 foi criada a pílula anticoncepcional. 

Na década de 1960, com o movimento feminista e com o amor livre, a pílula ganhou uma grande popularidade.

Nas décadas de 1980 e 1990, devido ao surgimento do HIV, as pessoas passaram a usar preservativos regularmente. Afinal, era o único meio de evitar a contaminação. 

Tipos de métodos contraceptivos

Com essa longa história, não é de estranhar que atualmente seja possível encontrar muitas opções de métodos contraceptivos, concorda? 

Como dissemos antes, a melhor escolha depende de diversos fatores, como estilo de vida, idade, saúde, entre outros. É importante dizer que que, independente da sua opção, o ideal é conversar com seu ginecologista. 

Este profissional poderá lhe dar maiores informações sobre cada um dos métodos contraceptivos. O médico também irá lhe orientar corretamente sobre o modo de uso e possíveis efeitos colaterais de sua escolha. 

Vale lembrar que nenhum método contraceptivo é cem por cento eficaz. Então é preciso ter cuidado e atenção para que a margem de falhas seja a menor possível. 

Outro ponto importante a ser lembrado é que apenas um dentre todos os métodos contraceptivos previne as ISTs (Infecções sexualmente transmissíveis): o preservativo. 

Logo, escolher um método anticoncepcional não significa que você deva abrir mão da camisinha masculina ou feminina.

Vamos ver a seguir quais são os principais métodos contraceptivos disponíveis, suas vantagens e desvantagens.

Métodos contraceptivos comportamentais

foto de um relógio, calendário e lápis em cima do que parece ser uma mesa

O princípio destes métodos é evitar as relações sexuais durante o período fértil. Não é utilizado nenhum processo artificial. Por isso, estes métodos também são conhecidos como métodos contraceptivos naturais.

A vantagem dos métodos contraceptivos naturais é que eles possuem pouquíssimos efeitos colaterais. Além disso, eles podem ser feitos gratuitamente ou com pouco custo financeiro. 

A desvantagem está no fato de que o dia fértil da mulher pode variar devido a uma série de fatores como estresse, alimentação, medicamentos, entre outros. Logo, a eficácia é mais baixa e os métodos contraceptivos naturais são tão confiáveis quanto os demais.

Os contraceptivos naturais se baseiam na observação dos sinais de fertilidade e no acompanhamento do ciclo menstrual. Por isso, eles podem aumentar o autoconhecimento e devem ser utilizados por pessoas que possuem ciclos regulares.. 

Há vários métodos contraceptivos naturais, veja a seguir:

  1.  Método da tabelinha

A tabelinha é um dos métodos contraceptivos mais antigos. Também é gratuita, não tem efeitos colaterais e se baseia no ciclo menstrual

Funciona assim: a mulher anota os dias da menstruação em um calendário ou aplicativo e, a partir disso, calcula seu período fértil.  Na teoria, se uma mulher tem ciclos regulares, tudo funciona muito bem. 

O problema é que mesmo os ciclos regulares podem ter algumas variações. Além disso, fatores como estresse, medicamentos, sono e alimentação podem desregular o ciclo. Por isso a tabelinha não é muito confiável e tem um índice de falha alto.

  1. Coito interrompido

Este método também é bastante antigo, gratuito e sem efeitos colaterais. Ele consiste em retirar o pênis da vagina antes que a ejaculação aconteça para que a gravidez não ocorra. 

O problema é que nem sempre a pessoa consegue controlar o momento da ejaculação. Além disso, o pênis libera um líquido pré-ejaculatório que contém algumas gotas sêmem que podem levar à gravidez. 

Então, este método não é particularmente eficaz. 

  1. Método de Billings

Também conhecido como método do muco cervical. Consiste em acompanhar as alterações no muco cervical ao longo do ciclo. 

O muco cervical é uma secreção produzida pelo colo do útero e se altera ao longo do ciclo menstrual. Durante o período fértil, o muco fica com uma aparência e consistência características. 

Estas mudanças possibilitam que a mulher saiba quando está ovulando. Aí, basta evitar as relações sexuais durante este período 

O problema é que diversos fatores externos podem causar alteração no muco cervical, como: alguns medicamentos, uso de lubrificante, alteração hormonal, entre outros.

  1. Método da temperatura corporal basal

Este método requer apenas o uso de um termômetro específico: chamado de termômetro basal. Ele deve ser utilizado na vagina ou na boca para medir a temperatura basal

O que ocorre é que a temperatura do seu corpo muda levemente durante o ciclo menstrual. Na primeira parte do seu ciclo, a temperatura corporal é mais baixa. Com a ovulação, a temperatura corporal aumenta e se mantém assim até o início do próximo ciclo. 

As relações sexuais devem ser evitadas durante cerca de 4 dias após a elevação da temperatura. 

A desvantagem deste método é que a temperatura deve ser medida diariamente.O ideal é fazer isso após no mínimo seis horas de sono, sempre com o mesmo termômetro. 

Também é indicado que a pessoa acompanhe as alterações de temperatura em um gráfico. Logo, é um método que requer bastante disciplina. Além disso, a ocorrência de alguns fatores – como febre – podem interferir no monitoramento. 

  1. Método sintotérmico

Consiste na combinação de outros métodos contraceptivos, como  a tabelinha, muco cervical e temperatura corporal basal.  

Outros sintomas, como humor, dores, entre outros, também podem ser monitorados. Em poucas palavras, este é um método contraceptivo natural que monitora os sinais de fertilidade do seu corpo. 

Por ser uma combinação de vários métodos contraceptivos juntos, ele é mais eficiente que os demais. Outra vantagem deste método é que ele propicia o autoconhecimento e pode ser utilizado também para acompanhar a saúde. 

A desvantagem é que este acompanhamento exige muita disciplina. Mesmo com todas as combinações, a taxa de falha é alta comparado a métodos não comportamentais.

  1. Teste de ovulação

Este método consiste em fazer um teste para saber se você está ou não ovulando. Em caso positivo, o ideal é evitar as relações sexuais para prevenir a gravidez. 

O teste de ovulação pode ser caseiro. Para fazê-lo, basta introduzir a ponta do dedo na vagina e retirar uma pequena quantidade de muco. 

Aí é só observar a cor e a consistência. Para fazer o teste caseiro com segurança, é necessário que a pessoa conheça seu corpo e as alterações de seu muco durante o ciclo. 

Outra opção são os testes de ovulação de farmácia, que detectam o resultado a partir da urina.  Vale lembrar que neste caso também é necessário acompanhar os resultados dos testes durante alguns dias.

Tenha em mente que os testes indicam os picos de ovulação. Mas isso não elimina a possibilidade de engravidar em outros dias.

  1.  Método da amenorréia lactacional

Amenorréia é a ausência de menstruação. Após o parto a mulher fica infértil e demora algum tempo para voltar a ovular e menstruar. 

Para que a amenorréia lactacional possa ser utilizada com segurança, é necessário que alguns fatores ocorram. Alguns deles são que a mulher não tenha voltado a menstruar e que a amamentação esteja acontecendo. 

Durante este período, as chances de gravidez são pequenas. O problema é que, como a ovulação ocorre antes da menstruação, este contraceptivo pode falhar.

Métodos contraceptivos de barreira

camisinha feminina e masculina

São aqueles que colocam um bloqueio físico  entre o espermatozóide e o óvulo, impedindo que eles se encontrem. Com isso, a fecundação não ocorre. 

Estes métodos contraceptivos não interferem na ovulação porque não têm hormônios. Ou seja: seu ciclo menstrual não irá sofrer nenhuma alteração.

Veja quais são os contraceptivos de barreira:

  1. Preservativos  

São feitos, em sua grande maioria, de látex ou de poliuretano. O preservativo masculino deve ser colocado no pênis, enquanto o preservativo feminino é inserido na vagina. 

Este método é o único que protege também contra ISTs e por isso devem ser utilizados sempre. Os preservativos masculinos e femininos são fornecidos gratuitamente pelo SUS. Outra opção é comprar na farmácia, onde há diversos tipos disponíveis. Os preservativos têm um custo baixo, não precisam de receita médica e têm uma alta eficácia.

 É necessário colocar a camisinha masculina ou feminina de forma correta para que não haja o risco de rompimento. A maior parte das camisinhas já vem com uma pequena quantidade de lubrificante da fábrica. Mas é possível utilizar mais lubrificante íntimo para ter mais conforto. Para não danificar o preservativo o lubrificante deve ser à base de água.  

Também é importante lembrar que usar 2 preservativos ao mesmo tempo não aumenta a proteção. Na verdade, devido ao atrito, o risco de rompimento é ainda maior.

  1. Esponja contraceptiva 

 É um pequeno disco feito de espuma de látex, que contém espermicida e deve cobrir o colo do útero. 

A esponja pode ser colocada até 24 horas antes da relação sexual. Após a relação sexual, ela deve ficar no corpo durante algumas horas.

Este método contraceptivo é vendido sem receita médica e é colocado por você mesma. O lado negativo é que a esponja não protege contra ISTs. Além disso, a eficácia é menor para mulheres que já tiveram filhos. 

Colocar e retirar a esponja corretamente requer uma certa prática. Outra desvantagem da esponja é o valor, bem mais alto se comparado aos preservativos.

Este método é descartável, então não é possível utilizar a mesma esponja mais de uma vez.

  1. Diafragma

O diafragma é um disco de silicone que deve ser inserido na vagina até cobrir o colo do útero. Seu funcionamento é parecido com o da esponja contraceptiva. 

O diafragma deve ser colocado um pouco antes do ato sexual.  Depois da ejaculação, ele deve permanecer no lugar por 12 horas.

O diafragma não é descartável e pode durar até três anos. Deve ser utilizado junto com uma pomada espermicida para uma maior eficácia.

É necessário uma receita médica para adquirir o diafragma porque o tamanho ideal varia de acordo com cada pessoa. Quando há uma grande variação de peso ou após a gravidez, é necessário trocar o diafragma. 

  1. Capuz cervical

O capuz cervical é um pouco menor que o diafragma e é feito de látex ou de silicone. Ele cobre o colo do útero e pode ser colocado até 42 horas antes da relação sexual. 

Assim como outros métodos, é necessário que o capuz fique no lugar por no mínimo 6 horas após a ejaculação.

É um método contraceptivo não descartável, feito para cobrir o colo do útero e deve ser utilizado com pomada espermicida. 

Assim como no caso do diafragma, é necessária uma consulta médica para determinar o tamanho adequado para cada pessoa. 

  1. Espermicidas

As pomadas espermicidas são feitas para dificultar a mobilidade dos espermatozóides, desta forma eles não chegarão ao útero. 

É importante notar que os espermicidas não devem ser utilizados como único método contraceptivo porque não são muito eficazes. 

As pomadas espermicidas são feitas para funcionar como um auxiliar de outros métodos, como o diafragma e o capuz cervical. Elas devem ser aplicadas um pouco antes de cada relação sexual. 

São vendidas sem receita e estão disponíveis em forma de pomada, gel, geléia, espuma ou creme. A principal contraindicação é que o espermicida pode causar alergias, infecções ou irritações. 

Métodos contraceptivos hormonais

cartela de pílula anticoncepcional

Estes métodos contém hormônios sintéticos similares aos que as mulheres produzem naturalmente, como a progesterona e o estrogênio.  

Estes métodos contraceptivos impedem a ovulação, deixam o muco cervical mais espesso ou fazem as duas coisas. Os métodos hormonais têm uma alta taxa de eficácia quando utilizados corretamente. 

A desvantagem é que estes métodos contraceptivos podem ter diversos efeitos colaterais, como aumento de peso, enjôos e alteração da libido. 

Além disso, precisam de indicação médica para o uso. Isso porque pessoas com algumas condições de saúde (como pressão alta, risco de trombose ou AVC)  não devem utilizá-los. 

É importante lembrar que os contraceptivos hormonais não previnem contra infecções sexualmente transmissíveis. Veja os principais contraceptivos hormonais:

  1. Pílula anticoncepcional

Elas inibem a ovulação. Podem ser de uso cíclico, onde há uma pausa e a pessoa menstrua durante alguns dias, ou de uso contínuo. No último caso a menstruação não acontece. 

A pílula tradicional é feita por dois hormônios, a progesterona e o estrogênio. A eficácia é alta, porém ela possui diversas contraindicações e efeitos colaterais.

Há também a minipílula, que contém apenas um hormônio, a progestina, e tem menos efeitos colaterais. Por outro lado, sua eficácia é menor.

 É importante notar que algumas ocorrências, como esquecer de tomar a pílula, ter vômitos ou diarréias, entre outros, podem afetar a eficácia deste método.

  1. Anticoncepcional injetável

É administrada por injeção todo mês ou a cada 3 meses. Este método contraceptivo é reversível, mas pode levar até 12 meses para que a ovulação volte a ocorrer normalmente. 

Com a injeção trimestral, a menstruação não acontece. Esta é uma alternativa que não requer a disciplina diária da pílula. Logo, é indicada para pessoas que nem sempre lembram de tomar o contraceptivo oral.

A injeção só pode ser aplicada com a apresentação de uma receita médica

  1. Anel vaginal

É um pequeno anel de silicone que deve ser inserido na vagina. Ele libera hormônios lentamente e deve ficar ali durante 3 semanas

Depois disso é retirado, para que a menstruação ocorra. Após uma semana de intervalo, um novo anel é colocado. 

O retorno à fertilidade é rápido. O anel é colocado pela própria pessoa que irá utilizá-lo, mas só é vendido com receita médica. 

  1. Adesivo anticoncepcional

O adesivo é colocado diretamente sobre a pele e libera hormônios ao longo de uma semana. Depois disso, deve ser trocado. 

Normalmente o adesivo é utilizado durante 3 semanas seguidas e depois há uma pausa para que a menstruação ocorra. O retorno à fertilidade é rápido e este método também precisa de receita médica

  1. Implantes contraceptivos 

Também conhecido como chip anticoncepcional. Ele é colocado no consultório médico e é fino e discreto. Normalmente fica no braço. 

O chip anticoncepcional dura cerca de três anos e pode ser retirado antes disso, caso a pessoa deseje. A retirada também deve ser feita no consultório. 

É um método prático, uma vez que a pessoa não precisa se lembrar dele constantemente e, dentre os contraceptivos hormonais, é aquele que tem a maior eficácia.

Dispositivo intrauterino (DIU)

foto de um DIU

São pequenos dispositivos colocados no útero. Eles possuem o formato de um  T e podem ser de cobre, de prata ou hormonal. O DIU dura entre 5 a 10 anos e deve ser colocado por um ginecologista.

Os DIUs são métodos contraceptivos que não permitem que os espermatozóides cheguem até o óvulo. Além disso, o dispositivo também dificulta que um óvulo fertilizado consiga se fixar na parede do útero.

O DIU hormonal é revestido com progesterona e, além de impedir a fecundação e a fixação do óvulo, também engrossa o muco cervical e afina o revestimento uterino.

Há casos em que o DIU não é recomendado, como pessoas alérgicas a algum dos materiais, pessoas com problemas de fígado e pacientes com infecções vaginais. 

O DIU é um método reversível, mas pode demorar um pouco para que a fertilidade volte ao normal.

 Métodos contraceptivos cirúrgicos

Os métodos contraceptivos cirúrgicos devem ser escolhidos apenas por pessoas que têm certeza de que não querem ter filhos. A reversão é difícil ou, muitas vezes, impossível. Há dois tipos de contraceptivos cirúrgicos:

  • Laqueadura Consiste em fazer uma cirurgia, para cortar as trompas que ligam o útero aos ovários. O procedimento é simples e dura cerca de 40 minutos. A laqueadura pode ser reversível em alguns casos, através de outra cirurgia. No Brasil a laqueadura só é permitida para maiores de 25 anos ou pessoas com, no mínimo, 2 filhos.
  • Vasectomia – A vasectomia corta o canal seminal, que leva o espermatozoide do testículo até o pênis. É uma intervenção simples, que pode ser feita no consultório do urologista. Ao contrário do que algumas pessoas acreditam, a vasectomia não diminui a libido das pessoas com pênis. O procedimento também não tem impacto na frequência ou qualidade das relações sexuais. É preciso que a pessoa seja maior de 25 anos ou tenha mais de 2 filhos para fazer a vasectomia.

Método de contracepção de emergência

fotos de duas cartelas de pílulas do dia seguinte

A pílula do dia seguinte é um contraceptivo de emergência. Ela é usada em caso de sexo sem proteção ou quando algum outro método anticoncepcional tenha falhado. 

O contraceptivo de emergência pode ser tomado até 72 horas após a relação sexual. Mas quanto mais cedo for ingerida, maior é a sua eficácia.  

A pílula do dia seguinte atrasa a sua ovulação, mas não impede que ela aconteça. Por isso, caso você já tenha ovulado, este método será pouco eficiente. Pelo mesmo motivo, a pílula de emergência não irá lhe proteger durante toda a duração do ciclo menstrual.

Vale lembrar que a pílula do dia seguinte não deve ser usada como método principal de controle de natalidade porque, como dissemos, ela não impede que a ovulação aconteça. A pílula do dia seguinte também não impede que o óvulo seja fertilizado.

O contraceptivo é vendido em farmácias sem receita médica. Mas, como se trata de um hormônio, o ideal é consultar o ginecologista para saber se não há contraindicação.

Qual o melhor método contraceptivo: vantagens, desvantagens e eficácia

Veja a seguir um quadro comparativo mostrando as principais vantagens, desvantagens e eficácia dos métodos

contraceptivos:

Tabela comparativa dos Métodos Contraceptivos Comportamentais

MétodoVantagensDesvantagensÍndice de falha
Tabelinha– Livre de hormônios;
grátis;
– Sem efeitos colaterais;
– Não interfere na fertilidade.
– Requer ciclos regulares;
– Não protege contra ISTs;
– Exige disciplina para fazer o acompanhamento.
5 a 25%
Coito Interrompido– Livre de hormônios;
– Grátis;
– Sem efeitos colaterais;
– Não interfere na fertilidade.
– Não protege contra ISTs;
– Exige disciplina;
– Exige um bom controle do corpo.
4 a 20%
Billings– Livre de hormônios;
– Grátis;
– Sem efeitos colaterais;
– Não interfere na fertilidade.
– Requer ciclos regulares;
– Não protege contra ISTs;
– Exige disciplina para fazer o acompanhamento.
3% a 24 %
Temperatura Corporal Basal– Livre de hormônios;
– Sem efeitos colaterais;
– Não interfere na fertilidade.
– Requer ciclos regulares;
– Não protege contra ISTs;
– Exige disciplina para fazer o acompanhamento;
– Requer acompanhamento por gráficos;
– Requer termômetro específicos.
2 a 5%
Sinotérmico– Livre de hormônios;
– Sem efeitos colaterais;
– Não interfere na fertilidade.
– Requer ciclos regulares;
– Não protege contra ISTs;
– Exige disciplina para fazer o acompanhamento;
– Requer atenção e registro de diversos sintomas ao longo do ciclo.
2 a 24%
Teste de ovulação– Livre de hormônios;
– Sem efeitos colaterais;
– Não interfere na fertilidade.
– Requer ciclos regulares;
– Não protege contra ISTs;
– Exige disciplina para fazer o acompanhamento;
– Detecta o período mais fértil, não significa que não há chance de gravidez em outros períodos.
1 a 24%
Amenorréia Lactacional– Livre de hormônios;
– Sem efeitos colaterais;
– Não interfere na fertilidade.
– Não protege contra ISTs;
– A ovulação pode voltar a ocorrer sem que a mulher perceba.
0,5 a 2%

Tabela comparativa dos Métodos Contraceptivos de Barreira

MétodoVantagensDesvantagensÍndice de falha
Preservativos– Previne contra ISTs;
– Baixo custo;
– Vendido sem receita médica.
– Algumas pessoas são alérgicas ao látex ou poliuretano. 2 a 18% (preservativo masculino)
5 a 21% (preservativo feminino)
Esponja Contraceptiva– Pode ser colocada até 24 horas antes da relação sexual;
– Já vem com espermicida;
– Descartável;
– Vendida sem receita médica.
– Custo alto;
– Requer alguma prática para colocar e tirar;
– Não protege contra ISTs;
– Deve ficar na vagina durante algumas horas após a relação.
9 a 16%(em mulheres sem filhos)
20 a 32%(em mulheres com filhos)
Diafragma– Pode ser colocado algumas horas antes da relação;
– Dura até 3 anos;
– Deve ser utilizado com espermicida.
– Requer alguma prática para colocar e tirar;
– Não protege contra ISTs
– Deve ficar na vagina durante algumas horas após a relação;
– Precisa de receita médica.
6 a 12%(uso com espermicida)
Capuz Cervical– Pode ser colocado algumas horas antes da relação;
– Dura até 2 anos;
– Deve ser utilizado com espermicida.
– Requer alguma prática para colocar e tirar;
– Não protege contra ISTs;
– Deve ficar na vagina durante algumas horas após a relação;
– Precisa de receita médica.
9 a 16%(em mulheres sem filhos)
26 a 32%(em mulheres com filhos)
Espermicida– Disponível em gel, creme, espuma e pomada;
– Vendido sem receita médica;
– Deve ser usado em conjunto com outro método.
– Não protege contra ISTs;
– Deve ser aplicado sempre antes de cada relação.
18 a 28%(quando utilizado como único método)

Tabela comparativa dos Métodos Contraceptivos Hormonais

MétodoVantagensDesvantagensÍndice de falha
Pílula Anticoncepcional
– Reduz os sintomas da TPM;
– Regula o ciclo menstrual.
– Precisa de receita médica;
– Não previne contra ISTs;
– Deve ser ingerida diariamente;
– Contraindicações para algumas condições de saúde e faixa etária;
– Tem efeitos colaterais 
0,3 a 9%
Anticoncepcional Injetável– Necessita apenas de uma aplicação mensal ou trimestral;
– A eficácia não depende do comportamento da pessoa.
– Precisa de receita médica;
– Não previne contra ISTs;
– A fertilidade pode demorar a voltar;
– Contraindicações para algumas condições de saúde e faixa etária;
– Tem efeitos colaterais.
0,05 a 0,3%
Anel Vaginal– Colocado a cada 3 semanas; – – A própria pessoa insere o anel;
– Retorno rápido à fertilidade.
– Precisa de receita médica;
– Não previne contra ISTs;
– Contraindicações para algumas condições de saúde e faixa etária;
– Tem efeitos colaterais.
0,3 a 9%
Adesivo Anticoncepcional– Colocado semanalmente;
– Retorno rápido à fertilidade.
– Precisa de receita médica;
– Não previne contra ISTs;
– Contraindicações para algumas condições de saúde e faixa etária;
– Tem efeitos colaterais.
0,3 a 9%
Implantes Contraceptivos– Dura 3 anos;
– Aplicação única;
– Discreto
– Precisa de receita médica;
– Deve ser colocado e retirado pelo médico;
– Não previne contra ISTs;
– Contraindicações para algumas condições de saúde e faixa etária;
– Tem efeitos colaterais;
– Retorno à fertilidade pode demorar.
0,05% a 1,1%

Tabela comparativa dos outros métodos contraceptivos

MétodoVantagensDesvantagensÍndice de falha
DIU – Dura até 5 anos;
– Pode ser retirado a qualquer momento;
– Pode ser usado durante a amamentação.
– Precisa ser colocado e retirado pelo médico;
– Não previne contra ISTs;
– Contraindicações para algumas condições de saúde e faixa etária;
– Poucos efeitos colaterais;
– A inserção pode ser dolorosa em alguns casos.
0,6 a 0,8%
DIU hormonal– Dura até 5 anos;
– Pode ser retirado a qualquer momento;
– Diminui os sintomas da TPM;
– Auxilia no tratamento da endometriose.
– Precisa de receita médica;
– Não previne contra ISTs;
– Aumento do risco de gravidez ectópica;
– Contraindicações para algumas condições de saúde e faixa etária;
– Tem efeitos colaterais.
0,05  a 0,2%
Laqueadura– Feito uma única vez;
– Poucos efeitos colaterais.
– Poucas chances de reversibilidade;
– Necessário ter mais de 25 anos ou mais de dois filhos;
– Necessita de cirurgia;
– Não previne ISTs.
0,5%
Vasectomia– Feito uma única vez;
– Poucos efeitos colaterais;
– A pessoa com pênis pode participar ativamente da contracepção.
– Poucas chances de reversibilidade;
– Necessário ter mais de 25 anos ou mais de dois filhos;
– Necessita de cirurgia;
– Não previne ISTs.
0,1 a 0,15%
Contraceptivo de Emergência– Diminui as chances de gravidez em caso de falha ou esquecimento de outros métodos contraceptivos;
– Via oral;
– Vendido sem receita médica.
– Não deve ser utilizado regularmente;
– Não dá proteção durante o restante do ciclo;
– Caso a ovulação já tenha ocorrido, é ineficaz;
– Não previne ISTs;
– Pode desregular o ciclo menstrual.
1 a 15%

Afinal, como escolher o melhor método contraceptivo?

A escolha dos melhores métodos contraceptivos depende de uma série de fatores. Alguns deles são: o estilo de vida da pessoa, histórico de saúde, fatores hereditários, idade, entre outros. 

Muitos métodos possuem contra indicações e efeitos colaterais. Por este motivo, o ideal é conversar com o seu médico ginecologista antes de fazer uma opção. 

Vale lembrar que, de todos os métodos contraceptivos, o único que protege contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) é o preservativo. Por isso, independente do método contraceptivo utilizado, o preservativo deve ser utilizado sempre.

Você usa algum desses métodos contraceptivos? Qual é a sua escolha? Conte para nós nos comentários!

Perguntas frequentes sobre métodos contraceptivos

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