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Sereia: o mito da mulher irresistível e traiçoeira

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As sereias são conhecidas em diversas partes do mundo pela beleza, pelo canto e pelo poder de sedução. O que não faltam são representações dessas criaturas mágicas que habitam mares, rios e lagos.

Se você quer mergulhar no assunto e descobrir mais sobre o mito da sereia, é só continuar lendo.

A origem da lenda das sereias em diferentes culturas

foto de uma pintura feita em vaso grego antigo. A imagem está representando homens em uma barco com criaturas meio mulher meio ave voando em volta do barco.

As criaturas que conhecemos atualmente como sereias são bastante antigas  na história da humanidade. 

Elas estão presentes na cultura de diversos povos ao redor do mundo. Na maior parte dos casos, trata-se de criaturas com parte do corpo humana e outra parte em formato de peixe. 

Apesar disso, algumas características das sereias podem variar de acordo com cada cultura. Descubra como essas criaturas mágicas são vistas ao redor do mundo:

  • Atargatis: uma das mais antigas sereias

O surgimento das sereias está ligado a uma antiga divindade assíria, cultuada há cerca de 4000 a.C. 

Estamos falando de Atargatis, deusa associada à lua, à água e à fertilidade. De acordo com os mitos, Atargatis teria se apaixonado por um humano chamado Haddad. Porém, por acidente, a deusa teria causado a morte de Haddad. 

Devido à culpa pelo falecimento de seu amado, Atargatis decide se afogar em um lago próximo à cidade de Ashkelon. Acontece que as águas não puderam esconder a beleza da divindade. 

Por este motivo, Atargatis não morre. Ela é transformada em criatura com metade do corpo em forma humana e outra metade com escamas e cauda de peixe. 

O culto de Atargatis se espalhou por diversas regiões, como Grécia e Roma. 

Sereias na mitologia grega

Uma das primeiras referências sobre sereias na cultura ocidental aparece na literatura grega. 

Em A Odisséia, Homero conta as aventuras de Ulisses após a Guerra de Tróia. Um dos acontecimentos narra o encontro entre o herói e as sereias. 

Tudo começa quando Ulisses se encontra com Circe, uma poderosa feiticeira. Circe alerta Ulisses para alguns dos muitos perigos do mar. Um deles são as sereias, criaturas que encantam os marinheiros com a voz doce e com o canto melodioso. 

De acordo com Circe, ao ouvir as sereias, os homens ficariam encantados e permaneceriam imóveis até a morte. De forma que o local habitado por essas criaturas estaria cheio de ossadas de marinheiros infelizes. 

Uma curiosidade interessante é que a ilha onde ficavam as sereias, citada na Odisséia, é um lugar real. Ele se localiza no local onde é hoje a costa de Nápoles.

Na mitologia e na arte gregas, as sereias aparecem associadas com a música e com a poesia. De acordo com a professora de literatura Adelia Bezerra de Meneses, as sereias gregas aparecem frequentemente ligadas às musas, divindades responsáveis pela inspiração artística. 

As duas musas mais associadas às sereias são Melpômene, responsável pelo canto e pela tragédia, e Terpsícore, ligada à dança. A professora Adelia lembra, ainda, que a característica principal das sereias está na voz. Elas são seres perigosos, que seduzem com o canto para depois matar as pessoas.

Justamente por serem criaturas que cantam, as sereias gregas são descritas como metade mulher e metade pássaro em diversas obras da literatura. Essa configuração também aparece em obras de arte, como urnas e vasos de cerâmica. 

De acordo com o escritor argentino Jorge Luís Borges as sereias gregas passaram por diversas transformações ao longo dos séculos. Por isso, elas foram representadas de várias formas diferentes.

Por isso, o aspecto físico das sereias gregas, com o tempo, mudou. Elas passaram de criaturas que eram metade aves para seres que eram metade mulher e metade peixe. 

Sereias nórdicas

A mitologia nórdica tem três tipos de criaturas que são, em parte, humanas e que vivem no meio aquático. Saiba mais:

  • Margygr: presente na cultura escandinava, a Margygr habita o mar. Uma das descrições mais conhecidas dessas criaturas foi feita pelo norueguês Konungs Skuggsjá, no livro Speculum Regale (O Espelho Real). 

No texto, escrito no século 13, a Margygr é descrita como uma criatura com cauda de peixe e com o torso de mulher. 

Alguns aspectos da Margygr, como os cabelos, braços e seios, eram considerados extremamente atraentes. Porém, o rosto era monstruoso, com a testa pontuda, olhos arregalados, boca grande e bochechas enrugadas. 

Na cultura viking, a Margygr era muito importante para aqueles que se aventuravam no mar. Em muitos casos, eles faziam ofertas ou sacrifícios para essa entidade. O objetivo era pedir que a navegação fosse segura e bem-sucedida. 

  • Nixes: Outra criatura nórdica associada às sereias são as Nixes, que estão presentes no folclore alemão, escandinavo, anglo-saxão, sueco e dinamarquês. 

As Nixe habitam rios e lagos, sendo descritas como sereias de água doce. Embora não sejam criaturas vistas como malévolas, as Nixe devem ser tratadas com respeito. Isso porque elas podem ajudar as pessoas ou arrastá-las até o fundo das águas. 

  • Rusalka: Essas criaturas fazem parte do folclore no leste europeu. Tradicionalmente, a Rusalka é o espírito de uma menina ou de uma mulher jovem, que teve uma morte violenta. Com a alma inquieta, elas habitam rios e lagos. 

O objetivo é seduzir os homens para depois fazer com que eles sofram. Isso porque as Rusalka buscam vingança por aquilo que sofreram enquanto estavam vivas. 

Sereias europeias

O folclore europeu tem diversas histórias sobre sereias. Elas costumam ser representadas como seres mágicos, com poderes sobrenaturais, que adoram a música e a dança. 

De acordo com as tradições, é possível que um homem consiga capturar uma sereia. Para isso, ele deve roubar e esconder um objeto que pertence a ela. Enquanto o objeto estiver escondido, a sereia irá assumir a forma humana e viverá junto com o homem. Mas, se ela conseguir encontrar o objeto roubado, ela irá retornar para as águas. 

Em outras histórias, é possível que uma sereia se case com um homem, sob determinadas condições, que podem variar de história para história. Caso o acordo seja quebrado, a sereia deve voltar para as águas e o casamento é desfeito.

As sereias europeias costumam ser gentis com os humanos. Ainda assim, elas continuam a ser criaturas perigosas. Quando ofendidas pelas pessoas, as sereias tinham o poder de causar naufrágios e afogamentos. 

Além disso, os presentes das sereias tinham a fama de trazer má sorte para os humanos. Para os europeus da Idade Média, ver uma sereia era sinônimo de infortúnio e de morte. 

Sereias africanas

Mami Wata, é uma divindade ligada às águas em diversas culturas do continente africano. Ela representa a natureza sagrada da água, como elemento fundamental para a vida. 

Mami Wata é uma mulher negra de grande beleza. Ela pode ter a forma totalmente humana, cercada por serpentes ou aparecer como uma sereia

Ao que tudo indica, suas representações são influenciadas pelo encontro de diferentes culturas. Dentre eles estão as representações de antigos espíritos indígenas africanos da água, sereias europeias, deuses e deusas hindus e santos cristãos e muçulmanos.

De acordo com Christine Meram, escritora e autora de um blog dedicado inteiramente à história das sereias, Mami Wata tem fortes raízes na cultura nigeriana. Ela está associada ao sexo, à fertilidade e à sedução. 

Mami Wata costuma atrair e encantar as pessoas, mas é preciso ter cuidado. Isso porque essa divindade também pode se mostrar ciumenta e vingativa quando provocada. 

Em algumas lendas, Mami Wata pode raptar as pessoas enquanto elas praticam atividades na água, como nadar ou pescar. Depois, ela os leva para seu mundo espiritual ou subaquático. Se a pessoa conseguir retornar ao mundo humano, suas roupas ficarão secas e ela terá uma nova compreensão do mundo espiritual.

Em outras histórias, é possível que um homem se encontre com Mami Wata por acidente. Na maior parte das vezes, ela está se olhando no espelho ou penteando os cabelos. Ao perceber a presença do homem, Mami Wata foge, deixando seus objetos para trás. 

Caso o homem opte por pegar esses itens, Mama Wata irá aparecer em seus sonhos, exigindo exclusividade sexual. Caso o acordo seja cumprido, o homem passa a ter boa sorte e muita riqueza. Caso contrário, terá má sorte e enfrentará uma série de infortúnios. 

As religiões que honram Mami Wata e suas diversas manifestações estão presentes em boa parte do continente americano. 

Além disso, diversos países das Américas desenvolveram divindades que surgem a partir de Mami Wata. Alguns exemplos são:  La Siren no Haiti e Santa Marta Dominadora na República Dominicana. 

Sereias brasileiras

Aqui no Brasil temos dois nomes fortemente associados às sereias: Iara e Iemanjá. Saiba mais sobre cada uma delas: 

  • Iara: Metade mulher e metade peixe, a Iara é um dos mais conhecidos personagens de nosso folclore. Ela é conhecida como “mãe das águas” e vive no Rio Amazonas. 

De acordo com  uma das lendas mais populares, a Iara era uma jovem indígena que adorava nadar. Um dia, sua avó a enviou para colher milho em um local desconhecido. Lá, ela adormeceu e, ao despertar, foi atacada por duas onças. Para fugir, Iara mergulhou nas águas e não foi mais vista. 

Acredita-se que Iara se transformou em uma linda sereia, vivendo para sempre no igarapé. Como se sente muito sozinha, ela utiliza o canto para atrair os pescadores. Eles vão com Iara para o fundo do rio e também não retornam para suas casas. 

Outra história folclórica sobre o surgimento de Iara conta que a moça era uma guerreira poderosa. Com inveja, seus irmãos decidiram assassiná-la. Durante a briga, é Iara quem mata os irmãos. Com medo de ser castigada, a moça se atirou nas águas do rio. 

Os peixes, que haviam testemunhado tudo, salvam a jovem, fazendo com que ela vire uma sereia. Iara passou, então, a viver nas águas do rio Amazonas, onde usa a voz para atrair os homens.  

  • Iemanjá: Nas religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé, Iemanjá é o orixá das águas. Ela é muitas vezes chamada de “rainha do mar” e tradicionalmente suas cores são o azul e o branco. 

Inicialmente, Iemanjá era descrita como uma mulher negra. Ao longo do tempo, as descrições passaram a variar. De forma que hoje ela é representada com diferentes tons de pele. 

Iemanjá tem um anel onde fica a lua. Com ele, a divindade comanda as mudanças das águas, podendo fazer com que elas fiquem mais calmas ou mais agitadas. Por isso, todos devem tratá-la com respeito.

Devido à associação com a lua e com as mudanças das marés, Iemanjá é fortemente associada ao corpo feminino e ao ciclo menstrual. Por todos esses elementos, ela é considerada uma divindade generosa, sendo associada ao amor, à fertilidade e à vida. 

Outra característica de Iemanjá é a generosidade. Acredita-se que ela gosta muito de dar presentes. Quanto mais iemanjá ofertava, mais ela recebia em retorno. Por esse motivo, os devotos de Iemanjá costumam colocar presentes para ela nas águas do mar, principalmente em datas comemorativas. 

A pesquisadora Suzana Salomão aponta que, em diversas imagens da arte popular brasileira, Iemanjá aparece representada como uma sereia. Um bom exemplo é a imagem da Colônia de Pescadores de Rio Vermelho, na Bahia. A comunidade tem uma das festas mais antigas para Iemanjá do Brasil. 

Sereias orientais

As culturas do oriente também possuem diversos mitos relacionados às sereias. Descubra alguns deles:

  • Ningyo: De acordo com a cultura japonesa, as Ningyo são criaturas com características de seres humanos e de peixes. Sua aparência é descrita como monstruosa ou demoníaca, com dentes afiados, chifres e garras longas. 

Mas sua voz é conhecida pela beleza e pelo poder e sedução. De acordo com a lenda, a pessoa que consumir a carne de uma Ningyo terá juventude eterna e se tornará imortal. Além disso, acredita-se que as lágrimas das Ningyo se transformam em pérolas.

  • Ling Yu: Também chamadas de Ren Yu, são as sereias da China. Um dos primeiros registros sobre essas criaturas é feito no século 4 a.C. Trata-se de um texto Shan Hai Jing, que apresenta uma compilação de diversos aspectos da cultura chinesa. 

As Ling Yu são apresentadas como criaturas humanas, com cauda de peixe, que vivem no mar. No folclore chinês, as sereias costumam ser apresentadas como criaturas solitárias, que se sacrificaram por amor.

  • Ineo: Na cultura coreana, a palavra “Ineo” é utilizada para descrever criaturas marinhas que apresentam características humanas e de peixe. 

Elas são gentis e bondosas e ajudam as pessoas.Por isso, as sereias coreanas não são perigosas. Pelo contrário: as Ineo são associadas à paz e à tranquilidade. 

Outra característica interessante é que elas possuem a capacidade de transformar suas caudas de peixe em pernas. Dessa forma, elas podem viver entre os seres humanos, caso desejem.

Sereias perigosas: por que elas são retratadas assim?

uma mulher vestida de sereia está dentro de uma banheira. A mulher olha fixamente para a câmera com um semblante sombrio

Grande parte das histórias envolvendo sereias mostram criaturas atraentes, que devem ser tratadas, no mínimo, com cautela. Afinal, elas costumam atrair os seres humanos para o fundo das águas. 

Mas por que as sereias costumam ser retratadas como criaturas perigosas?

Um motivo está na semelhança entre as sereias e o local em que elas vivem, ou seja: a própria água. Por um lado, a água é um elemento fundamental para a vida. 

Por outro, há uma série de riscos para aqueles que entram em um rio, lago ou mar: afogamentos, desastres com embarcações e tempestades, entre outros. 

Da mesma forma que a água, as sereias apresentam essa natureza dupla, que pode ser benéfica ou nociva dependendo do contexto.

Em inglês, há duas palavras diferentes para essas criaturas míticas, que são metade mulher e metade peixe.

As mermaids são sereias de natureza pacífica. Elas vivem no fundo dos mares, rios ou lagos, e são criaturas mágicas. Elas podem, inclusive, ajudar as pessoas, avisando sobre possíveis perigos na água. 

Já as sirens são sereias monstruosas e maléficas. Elas são criaturas perigosas, que tem como objetivo matar as pessoas. 

O mito da sereia e suas analogias 

mulher de maiô está boiando em água esverdeada. A mulher está com um semblante sereno e nos seus pés há uma nadadeira em formato de calda de sereia

Você já se perguntou qual é, exatamente, o poder de sedução das sereias? 

Na mitologia grega, ele era muito pouco relacionado ao erotismo. De acordo com o pesquisador Jacyntho Lins Brandão, as sereias “simplesmente sabem de tudo e cantam tudo”. 

O seu canto é hipnotizante porque carrega todos os fatos do passado, presente e futuro. Dessa forma, aquele que ouve o canto das sereias ficará escutando eternamente, pois ele não irá ter fim. Ou seja: o poder de sedução das sereias, na mitologia grega, está ligado ao conhecimento e à vontade de saber. 

A professora Adelia de Meneses faz o paralelo entre a sedução das sereias gregas e a bíblia No livro sagrado, a serpente tenta Adão e Eva com o fruto do conhecimento.  

Para a filósofa italiana Adriana Cavarero, é importante entender a heteronormatividade envolvendo as sereias. O ponto de partida é a simbologia envolvendo as sereias metade peixe em oposição ao mito grego, que as via como pássaros. 

Para Cavarero, as sereias gregas eram criaturas ligadas ao conhecimento. Elas eram ameaçadoras devido ao intelecto. Dessa forma, seu canto era fatal porque os homens não suportavam ouvir tantas informações. 

Já as sereias que habitam as águas são associadas principalmente ao erotismo e à beleza. Elas são criaturas com a voz melodiosa, mas o seu canto não possui palavras, nem carrega um significado que possa ser compreendido de forma racional. As sereias aquáticas se tornam, assim, seres belíssimos, feitos apenas para ser objeto de desejo masculino. 

Essa mudança, para Cavarero, corresponde à afirmação de um estereótipo do gênero feminino: a mulher sedutora. Ela deve ser bonita, mas não deve falar. O máximo que a sociedade patriarcal admite é a emissão de sons agradáveis para o ouvido masculino. 

Ainda dentro desse modelo, a sereia deixa de ser uma criatura que tem um enorme conhecimento para se transformar em um ser cujo único objetivo é manter a beleza física e atrair os homens.Para Cavarero, a sereia aquática prevaleceu por se tratar de um mito que afirma a heteronormatividade e o patriarcado. 

O risco que as sereias aquáticas apresentam passa a ser a sedução erótica. O homem encantado com uma sereia deixará suas tarefas, deveres e objetivos de lado para desfrutar o prazer sexual ao lado de uma mulher irresistível. 

Analogias em A Pequena Sereia

Outra analogia está no conto de fadas A Pequena Sereia, de Hans Christian Andersen. Escrito no século XIX, foi esta a história que deu origem à animação e ao filme da Disney. Na vida real, Andersen era apaixonado por um amigo. Acontece que o sentimento não foi correspondido e o amigo terminou casando com uma mulher.  

Após essa desilusão, o escritor criou a história de Ariel. No conto original, a história tem um final infeliz. A sereia vê seu príncipe encantado casar com uma humana. Para a pesquisadora Martine Mussies, o fato de que Ariel precisa conquistar o príncipe sem usar a própria voz é uma metáfora. Andersen estaria representando o silenciamento imposto aos homossexuais na sociedade em que vivia.

Também é preciso ressaltar que A Pequena Sereia traz importantes questões no que diz respeito à identidade de gênero. A trama mostra uma heroína insatisfeita com o próprio corpo. Ariel faz um acordo em que aceita transformar seu aspecto físico, em busca de se tornar uma mulher. 

De acordo com a psicóloga Katherine Rachlin, A Pequena Sereia tem uma forte analogia com o desejo de muitas crianças trans. Para se tornar uma “menina de verdade”, Ariel aceita abrir mão de sua cauda em troca de um par de pernas. 

Além disso, Ariel ouve de diversos personagens que seu desejo de se tornar uma mulher é uma impossibilidade. Entretanto, ao longo do filme, ela consegue concretizar seu objetivo.

A dra. Rachlin ressalta, ainda, a aparência de Ariel, outro aspecto atrativo para as crianças trans. Mesmo com diversos atributos de beleza e de feminilidade, Ariel tem um corpo que não corresponde aos padrões tradicionais. 

Juntos, esses aspectos fazem com que a personagem seja particularmente significativa para pessoas trans. Não por acaso, é possível encontrar artigos científicos e depoimentos em que fica clara a fascinação das pessoas transgênero com a história.

Sereias na cultura pop

As sereias tem muitos aspectos diferentes nas culturas de diversos lugares do mundo. Então, não é nenhuma surpresa que elas estejam presentes na cultura pop. 

Conheça algumas obras dedicadas a esses seres fantásticos. 

Filmes de sereias

  • Splash: uma sereia em minha vida – Um enorme sucesso da década de 1980, este filme é uma comédia romântica. A história gira em torno de um executivo que se apaixona por uma sereia.Eles decidem ficar juntos. Mas tudo pode mudar quanto um cientista decide capturar a sereia.

Onde assistir: Disney +

  • A Sereia: lago dos mortos – Esse filme é inspirado no mito das Rusalka, do leste europeu. Um jovem casal de humanos se vê aterrorizado quando uma sereia se apaixona pelo homem. A criatura aquática fará de tudo para atrair o rapaz até o fundo das águas. 

Onde assistir: Amazon Prime, Telecine, Google Play, Apple TV

  • A Pequena Sereia: Inspirado na animação da Disney, esse live-action mostra a história de Ariel. A jovem sereia se apaixona por um humano. Para poder viver na superfície e tentar conquistar o amado, Ariel faz um acordo com uma bruxa que vive no mar.

Onde assistir: Disney +, Youtube

Séries sobre sereias

  • Tidelands:Essa série australiana mostra uma pequena comunidade de pescadores que recebe uma mulher recém saída da prisão. Quando um cadáver é encontrado, tem início uma investigação que envolve as sereias do local. 

Onde assistir: Netflix

  • Cidade Invisível: Com duas temporadas, a série brasileira mostra um detetive da Polícia Ambiental que investiga a morte de um Boto Cor de Rosa. A partir disso, haverá o encontro com diversos personagens do folclore brasileiro (inclusive a Iara).

Onde assistir: Netflix

  • A Lenda do Mar Azul: O dorama apresenta a história e uma sereia que se apaixona por um humano, herdeiro de uma grande fortuna que está em perigo. A sereia decide seguir o rapaz até uma cidade grande, para ajudá-lo.

Onde assistir: Viki

Documentários sobre sereias

  • Legends of the Atlantis: O objetivo deste documentário é investigar as profundezas do mar e seus mistérios. A produção é do National Geographic e conta com a participação de diversos especialistas como: cientistas, oceanógrafos e biólogos. Dentre os assuntos explorados está a existência de criaturas fantásticas como as sereias. 
  • The Mermaid Myth: Essa produção também é do National Geographic e se concentra nos diferentes mitos que cercam as sereias. Além disso, são investigadas também as espécies marinhas de mamíferos e os sons associados ao canto das sereias.
  • Zimbabwe’s Mermaid & Fae Problem: Esse documentário mostra fatos inexplicáveis que ocorreram no Zimbábue. Os trabalhadores de uma barragem afirmam ter visto sereias nas águas. Por isso, se recusaram a prosseguir com o serviço. A partir disso, tem início uma investigação para descobrir a verdade.

Livros sobre sereias

  • A voz da sereia volta neste livro: A autora, Amanda Lovelace, é poetisa e apaixonada por contos de fadas. Seus livros costumam girar em torno de personagens como bruxas e princesas. O mais interessante é que essas imagens são utilizadas para questionar os estereótipos femininos e para falar sobre o papel das mulheres na sociedade. Este volume gira em torno das sereias como uma metáfora para recusar o silenciamento imposto pela sociedade patriarcal.
  • A Sereia: Ideal para quem gosta de histórias muito românticas. A sereia do livro era uma humana que foi salva de um desastre marítimo. Agora, ela tem a missão de atrair as pessoas para o fundo do mar. Mas tudo muda quando ela se apaixona por um humano. A história fica ainda mais interessante porque a sereia não pode falar, já que sua voz é letal para as pessoas.
  • Julián é uma sereia:  Este livro infantil parte do encanto e feminilidade das sereias para abordar a identidade de gênero. Julián é um menino que fica fascinado após ver um grupo de mulheres bem arrumadas. Ao chegar em casa, ele decide se vestir como uma sereia. 

Bônus: Quem quer compreender a fundo como as sereias estão relacionadas com a cultura e com a literatura vai adorar conhecer o livro “De Musas e Sereias: a presença dos seres que cantam a poesia”, disponível gratuitamente no site da Biblioteca Nacional. A obra é de Leonardo Davino, pesquisador de literatura brasileira e professor universitário. 

Músicas sobre sereias

  • Menino do Rio: Neste clipe de 1980, Baby do Brasil encarna uma figura semelhante a uma sereia que se encanta por um banhista carioca.
  • Sereia: Você já imaginou qual é a sensação de ver uma sereia? Pois o Lulu Santos fez uma música sobre isso. A canção tem uma série de imagens poéticas para falar sobre essas criaturas fantásticas.
  • Mermaids: Nesse clipe, Florence + the Machine explora a natureza encantadora e perigosa das sereias, fazendo referências a uma série de aspectos do mito.
  • Part of Your World:Esse clipe é parte do filme A Pequena Sereia. Aqui, vemos Halle, que dá vida a Ariel, cantar sobre o desejo de pertencer ao mundo dos humanos.
  • You and I: Na canção, Lady Gaga encarna uma sereia determinada a reconquistar seu amado em uma pequena cidade americana.

Perguntas frequentes sobre sereias

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