Sextech: a nova revolução sexual é tecnológica

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As sextech são empresas que usam a tecnologia para revolucionar a relação das pessoas com a sexualidade. Cada vez mais surgem startups que trazem soluções inovadoras para possibilitar uma nova forma de se relacionar com a sexualidade. 

Para as sextech, cada vez mais pessoas podem e devem ter acesso a uma vida plena através da saúde e do bem-estar sexual. Quer saber mais? Continue com a gente e fique por dentro do assunto.

O que é sextech

A palavra Sextech é formada pela união de dois termos. Sexualidade e tecnologia. Portanto, Sextech são empresas que usam a tecnologia para oferecer produtos, serviços ou soluções voltadas para a sexualidade. 

As possibilidades vão muito além do óbvio, como robôs realistas ou vibradores de última geração. Há, sim,  muitas sextech voltadas para o prazer e para o entretenimento adulto. Mas este é apenas um dos segmentos envolvidos, aquele que é voltado para o prazer. 

A sexualidade, entretanto, envolve diversos outros aspectos. Dentre eles: autocuidado, saúde, educação, identidade de gênero, entre outras áreas. 

Logo, qualquer empresa que use a tecnologia para trabalhar em uma área relacionada à sexualidade humana pode ser chamada de sextech.

Tecnologia e sexualidade

Você já parou para se perguntar o que é tecnologia? 

Embora a palavra seja associada com inovações, especialmente nas áreas de computação, engenharia e de ciência, é possível dizer que a tecnologia é tão antiga quanto a humanidade. 

Isso porque a tecnologia nada mais é do que o conjunto de técnicas e de processos utilizados para fazer uma determinada coisa. Um marceneiro, por exemplo, usa a tecnologia própria da sua profissão para fazer mesas, cadeiras, etc. 

Nos dias de hoje, a palavra tecnologia aparece relacionada ao conhecimento científico aplicado para fins práticos. 

E a verdade é que, em diversos momentos da história, a tecnologia e a sexualidade estiveram relacionadas. 

Se formos considerar a segunda metade do século XX, muitas tecnologias foram impulsionadas pela indústria do entretenimento adulto. Em especial pelas empresas voltadas para a pornografia. 

A fita VHS, o DVD, os métodos de pagamento digitais e o streaming foram alguns meios que ganharam mais força com a indústria pornográfica. 

Acontece que a maior parte desses métodos inovadores era voltada para atender às necessidades e desejos sexuais dos homens. 

Há um exemplo bem ilustrativo que dá uma boa ideia da disparidade quando o assunto é ciência e gênero. 

A próstata, glândula responsável pela ejaculação e por parte da produção de espermatozóides, teve sua anatomia completa descrita pela primeira vez durante a década de 1970.  A anatomia completa do clitóris, por sua vez, só veio a ser conhecida pela medicina vinte anos depois, no final da década de 1990

A boa notícia é que esse cenário tem mudado cada vez mais. As sextech utilizam as inovações para explorar campos da sexualidade que, até pouco tempo atrás, sequer eram levados em consideração pelas grandes indústrias.

Como as sextech estão mudando a relação entre tecnologia e sexualidade

Atualmente, as sextech estão voltadas para diferentes campos de atuação. Descubra as principais tendências exploradas pelas sextech:

  • Entretenimento adulto: produções pornográficas, podcasts eróticos, jogos eletrônicos para maiores de 18, uso de realidade virtual para experimentar novas sensações;
  • Aplicativos de fertilidade: soluções para monitorar o organismo, com objetivo de autoconhecimento e monitoramento do sistema reprodutivo de cada indivíduo;
  • Brinquedos eróticos: muitos deles já são controlados por aplicativos e, em alguns casos armazenam dados importantes para melhorar a experiência de cada pessoa;
  • Wearables: dispositivos vestíveis voltados para o prazer, a saúde ou para o bem-estar sexual;
  • Inteligência Artificial: uso da AI para proporcionar uma experiência voltada para as necessidades específicas de cada um;
  • Segurança: soluções tecnológicas voltadas para o monitoramento de crimes ou atividades ilegais relacionadas à sexualidade;
  • Autocuidado: produtos e serviços feitos para que as pessoas conheçam mais o próprio corpo, o próprio prazer e para melhorar a relação com a saúde, aumentando a qualidade de vida;
  • Educação: empresas que trabalham com a divulgação do conhecimento em qualquer área relacionada à sexualidade;
  • Identidade de Gênero: soluções tecnológicas para saúde física e mental, bem estar, cuidado, conhecimento, entre outras relacionadas à identidade de gênero;
  • Prazer: cuida de questões relacionadas ao prazer sexual, sem necessariamente ter relação com brinquedos adultos ou pornografia.

O protagonismo feminino nas sextech

Uma mulher está em pé escorada em um vidro. A mulher está segurando um notebook e atrás do vidro, que ela está escorada, há aparelhos eletrônicos ligados

A indústria voltada para o sexo sempre movimentou bastante dinheiro. Durante o chamado período de ouro dos filmes pornográficos, que ocorreu de 1969 a 1984, estimava-se que a indústria lucrava em torno de 1 bilhão de dólares por ano.

Algumas produções audiovisuais mostram muito bem esse momento. The Deuce, por exemplo, conta sobre o surgimento e a ascensão da indústria pornô nos Estados Unidos. O mercado, na época, era dominado por homens cisgênero.

O grande problema dessa época era o machismo. Além de pensar apenas no prazer masculino, boa parte das empresas não tinham escrúpulo em lucrar às custas da opressão de grupos minoritários. Especificamente para as mulheres envolvidas no negócio, o preço costumava ser bastante alto. 

Os filmes Boogie Nights e Lovelace, que também mostram os bastidores da indústria pornô nas décadas de 1970 e 80, retratam bem os abusos sofridos pelas mulheres que atuavam em filmes adultos. 

Os padrões heteronormativos e os preconceitos sociais aumentavam muito as barreiras entre as mulheres e o sexo. 

Com o movimento feminista, a conquista do mercado de trabalho e da independência financeira, esse panorama começou a mudar. As mulheres começaram a reivindicar o direito ao próprio corpo, o que inclui a sexualidade. A busca pelo bem estar e pelo prazer sexual não demoraram a chegar. 

Mudanças sociais e as sextech

Outro fator importante foi o aumento de visibilidade de pessoas que anteriormente eram ignoradas pelas grandes empresas. 

A comunidade LGBTQIA + e pessoas com deficiência são outros grupos que, por muito tempo, não tiveram acesso a produtos e serviços voltados para o prazer, saúde e bem-estar sexual.

Como consequência dessas mudanças sociais, surgiu um enorme mercado que até então havia sido negligenciado pela indústria do sexo. 

De forma que, se antes as mulheres eram reduzidas a objetos para o prazer masculino, hoje são elas que dão as cartas no mercado das sextech. 

Uma boa parte das sextech levam para o público soluções criadas por mulheres, para atender a demandas que até então sequer haviam sido identificadas pela indústria tradicional. 

O advento da internet, que possibilita a ampla divulgação de novas empresas, facilidade para comprar e empoderamento de grupos minoritários, propicia uma maior procura por produtos voltados para a sexualidade. O crescimento das sextech foi ainda maior com o isolamento causado pela pandemia.

Como consequência, as sextech não param de crescer e o potencial parece ilimitado. Estima-se que o mercado das sextech tenha um valor de 30 bilhões de dólares, podendo chegar a 120 bilhões em menos de 5 anos. 

Na liderança, estão mulheres. São elas as donas das empresas mais lucrativas e que lideram o mercado. Isso é um forte indício de que, quando o assunto são as sextech, a chave para o sucesso está nas soluções inovadoras. 

Sextech ou Femtech?

Se você gosta de acompanhar as últimas notícias sobre empresas, inovação ou saúde, é bem provável que já tenha ouvido falar das femtech. Trata-se de startups que usam a tecnologia para inovar e trazer soluções feitas por mulheres, para mulheres. 

As femtech têm muitos pontos em comum com as sextech. De acordo com Marília Pontes, CEO da Lilit, os dois tipos de empresa se destacam pelo protagonismo feminino. 

Além disso, tanto as femtech quanto as sextech oferecem soluções humanizadas, com experiências cada vez mais personalizadas e que valorizam o relacionamento com o público. 

A diferença é que as femtechs pensam em soluções voltadas para a saúde e para o bem-estar da mulher. Por exemplo, a startup EQL é uma plataforma voltada para a educação financeira de mulheres. 

Portanto, trata-se de uma femtech, feita para melhorar a qualidade de vida das mulheres. Mas dificilmente poderíamos classificar essa empresa como uma sextech. Afinal, ela tem pouca relação com a sexualidade. 

Já as sextech oferecem produtos e serviços voltados especificamente para a sexualidade. E vale lembrar que nem todas as sextech oferecem soluções para mulheres. 

A MYHIXEL, por exemplo, é uma sextech que trabalha com produtos para o controle da ejaculação. O público principal da empresa são pessoas com pênis. Dificilmente essa empresa poderia ser descrita como uma femtech.

Dito tudo isso, é preciso considerar que muitas empresas de tecnologia são comandadas por mulheres e, ao mesmo tempo, oferecem soluções voltadas para a sexualidade das mulheres. 

Nesse caso, trata-se de empresas que podem ser descritas ao mesmo tempo como femtech e como sextech. Alguns exemplos de startups que podem ser chamadas, ao mesmo tempo, de sextech e de femtech são a Share Your Sex, Lilit, Feel e Pantynova. Iremos falar delas mais adiante. 

Sextech no mercado brasileiro

Aqui no Brasil as sextech acompanham as tendências de crescimento que vemos no restante do mundo. A busca pelo bem-estar sexual fomentou o surgimento de muitas iniciativas, que surgiram graças à internet. 

Mesmo antes da pandemia, o mercado brasileiro mostrava um bom potencial de crescimento. É o caso da a sexshop Climaxxx e da fabricante de brinquedos adultos Pantynova, que nasceram antes de 2020. 

As duas sextechs brasileiras são feitas por mulheres, viram os lucros subir vertiginosamente com o passar do tempo.

O isolamento social aqueceu ainda mais o mercado brasileiro. Não por acaso, diversas sextech surgiram durante o ano de 2020, como a Lilit, a Fell e a Lubs. Hoje, todas elas contam com uma boa lucratividade e ocupam uma posição invejável no mercado. 

Outro ponto importante é que as sextech brasileiras, assim como outras empresas do exterior, vão muito além da venda de produtos ou serviços. O foco é criar um espaço seguro para falar sobre sexualidade, criando redes para que as pessoas possam trocar experiências e vivências. 

Muitas sextech brasileiras apostam na união para crescer no mercado. As empresárias buscam formar conexões entre si, como forma de se fortalecer ainda mais. 

Um exemplo disso é o projeto Vulvas Urbanas. Trata-se de uma colaboração entre artistas plásticas, sextechs e femtechs para criar produtos com design diferenciado. Houve, também, um leilão das artes feitas para o projeto. A renda foi revertida para causas sociais. 

A Sx Tech Br, por sua vez, é uma plataforma voltada para o fomento de sextechs brasileiras. Por lá, é possível encontrar desde palestras até um espaço para apresentar novas startups. Ao que tudo indica, as sextechs brasileiras tendem a crescer cada vez mais.

20 empresas que estão revolucionando o mercado do sexo

mão de uma mulher segurando um brinquedo erótico. O brinquedo é pequeno com formato de polvo e está na palma da mão da mulher

Agora que você já sabe o que são as sextech e o impacto que elas têm causado no comportamento das pessoas, é hora de falar sobre algumas das empresas mais interessantes do mercado. 

Separamos uma lista com as empresas mais quentes do mercado nacional e internacional. Descubra quais são elas.

10 sextechs que estão revolucionando o mercado do sexo no Brasil 

1- Share your sex

Essa é uma plataforma especializada em áudios. Por lá, você encontrará contos narrados, conversas calientes e trilhas de masturbação guiada. 

Além disso, há conteúdos voltados para o bem-estar e para a saúde física e mental. Alguns deles são: meditação, práticas de consciência corporal, saúde íntima, orgasmos, entre outros.

 A SYS é bastante inclusiva. Os áudios abrangem um amplo leque de experiências eróticas e de orientação sexual disponíveis. Também há um blog com muitos textos voltados para a sexualidade e outros assuntos relacionados.

2- Lilit

A Lilit é uma das primeiras marcas de brinquedos eróticos criada por mulheres, para mulheres no Brasil. A criadora da marca, Marília Ponte,  fez uma pesquisa cuidadosa para descobrir o que as mulheres gostavam ou não nos brinquedos sexuais. 

A partir daí, foi criado o Bullet Lilit, pensado especificamente para o prazer de quem tem vulva. A cápsula vibratória é pequena e delicada, com motor bem potente e 5 modos de vibração. 

O site da marca oferece, ainda, contos eróticos e um curso sobre o prazer. Ambos são gratuitos e não estão vinculados à compra de nenhum produto.

3- Feel

Essa marca oferece produtos para o cuidado íntimo. É uma linha completa, que pensa no bem-estar de forma ampla. Por isso, é possível a Feel  oferece produtos que vão desde o lubrificante íntimo à base de água até vela aromática e óleo corporal

Além disso, há diversos brinquedos eróticos por lá, como sugadores de clitóris e vibradores. Um deles é o bullet da Lilit. Isso porque as duas marcas se uniram para levar uma experiência ainda mais completa de prazer para o público.

4- Lu Pompoar

O pompoarismo é uma técnica oriental que envolve contrair os músculos da vagina e do períneo para ter mais saúde íntima e mais prazer sexual. 

A Lu Pompoar é uma escola de sensualidade feminina que oferece diversos cursos online. Além de pompoarismo, é possível aprender sobre preliminares, dança sensual e autoestima. 

Lucimara Siqueira, ou Lu,  oferece, ainda, serviços mais individualizados, como terapia sexual e chá de lingerie. 

5- Pantynova

A Pantynova é uma das mais conhecidas sextechs brasileiras. O foco são produtos para o bem-estar sexual e para o prazer. 

Os produtos são pensados para diversos tipos de corpos, sem preocupação com a heteronormatividade. Há um grande leque de brinquedos, todos com um design diferenciado. 

A melhor parte é que a marca garante a segurança de todos os produtos disponíveis para venda. Na loja você encontra: acessórios, strapon, vibradores, lubrificantes e até uma seção de livros, entre outros itens interessantes.

6- Pitanga Club

Um dos maiores benefícios das sextech é proporcionar formas novas para viver experiências. O Pitanga é uma plataforma para unir pessoas que querem viver o poliamor em suas mais diversas formas. 

Ao contrário de muitos apps voltados para encontros casuais, o Pitanga valoriza o poliamor como forma de relacionamento. O que faz com que pessoas não monogâmicas se sintam acolhidas para procurar aquilo que desejam. 

7- Ysos

O Ysos é um app desenvolvido para casais que buscam encontros reais com outras pessoas. É bem simples de usar. Basta fazer o cadastro, montar o perfil e pronto. Agora é só escolher quem mais combina com a aventura que você está buscando e começar o papo.

O app tem duas galerias de fotos. Uma é pública, disponível para todos os usuários. A outra é privada. Nesta seção, é possível colocar fotos mais quentes, para dividir apenas com os contatos selecionados. 

Há alguns recursos que tornam o app ainda mais interessante. Por exemplo:o bloqueio por senha, que garante a privacidade, e os filtros, para facilitar a busca pela pessoa certa. 

8- Sophie

Esta é uma das primeiras empresas a trazer o conceito de sexual wellness, ou bem-estar sexual, para o Brasil. O foco são cosméticos veganos, produzidos de forma ética, voltados para o autocuidado e para o autoconhecimento. 

A proposta da Sophie é que os produtos sejam apenas um meio para aproximar as pessoas de sua sexualidade. Por isso, é possível encontrar opções que vão desde o cuidado diário até aqueles feitos para despertar novas experiências sensoriais.

9- Lubs 

Levar ao público produtos e ideias para uma sexualidade cada vez mais livres é a missão da Lubs

A empresa acredita que descobrir novas possibilidades para o prazer e para a sexualidade tem o poder de transformar vidas para melhor. 

Todos os produtos são feitos com fórmulas naturais e veganas, de forma ética e consciente. Na loja, são vendidos desde brinquedos e jogos eróticos até velas aromáticas e óleos de massagem.

10- Vagifit

A marca criada pela fisioterapeuta pélvica Ana Gehring, foi pensada para melhorar a saúde íntima das pessoas com vagina. 

O Vagifit é um aparelho para auxiliar a ginástica íntima, tornando a prática mais correta e eficaz. Ele pode ser usado por pessoas de qualquer idade, desde que já tenham iniciado a vida sexual. 

O Vagifit auxilia o conhecimento da região íntima, previne a flacidez muscular e auxilia na prática de pompoarismo, entre outros benefícios. Junto com o aparelho, a pessoa recebe um programa com exercícios de pompoarismo para treinar.

10 sextechs que estão revolucionando o mercado do sexo no mundo 

1- Beducated

Essa startup alemã parte do princípio que conhecimento é a chave para uma vida sexual melhor e mais satisfatória. Por isso, a Beducated é uma plataforma voltada  para a educação sexual. 

Há uma série de cursos, programas e jornadas de aprendizado, entre outros tipos de conteúdo. Todos pensados para tornar o conhecimento interessante, acessível e agradável. 

Ao todo, são mais de 70 temas, que contemplam: saúde íntima, fetiches, tantra, massagem, striptease e mais.

2- LVNDR Health

Infelizmente, ainda é comum que as pessoas LGBTQIA + enfrentem constrangimentos e dificuldades na hora de procurar assistência médica. A LVNDR veio para solucionar o problema. 

A plataforma reúne profissionais da saúde preparados para atender pessoas com as mais diversas identidades de gênero e orientação sexual. Afinal, para essa sextech inglesa, todas as pessoas têm o direito de ser acolhidas na hora de cuidar da saúde.

3- Satisfyer

Essa é uma das mais conhecidas sextechs em todo o mundo. O já icônico Satisfyer é um sugador de clitóris que caiu nas graças de muitas pessoas mundo afora. 

A especialidade dessa empresa alemã são os brinquedos eróticos para pessoas com vulva. Os produtos podem ser controlados por aplicativo, aumentando ainda mais a experiência de prazer e de bem-estar sexual.  

4- Dipsea

Nem se discute que a zona mais erógena de qualquer pessoa é a imaginação. Pensando nisso, a Dipsea oferece uma enorme quantidade de histórias eróticas. A parte mais legal é que o conteúdo é feito para ouvir, como um podcast. 

A plataforma tem histórias com personagens de diversos gêneros e orientação sexual. As histórias são cuidadosamente selecionadas, gravadas por atores e passam por um processo de mixagem para que o clima fique perfeito e para que a experiência seja deliciosa.

5- Bump!n

A Bump!n foi criada para democratizar os brinquedos sexuais. Pessoas com deficiência física costumam enfrentar desafios grandes na hora de se masturbar. Quando a limitação de movimentos está relacionada ao uso das mãos, a situação pode ser ainda mais delicada. 

Pensando nisso, o Joystick foi desenvolvido. É um brinquedo versátil, que auxilia a masturbação de quem tem vulva e de quem tem pênis independente do uso das mãos. 

Além disso, ele tem espaços para segurar outros brinquedos, como massageadores, vibradores ou masturbadores masculinos. A Bump!n acredita que todos os corpos merecem sentir prazer. 

6- Afterglow

A indústria pornográfica tem um péssimo histórico em relação à forma como as mulheres são tratadas. Durante um bom tempo, não havia um debate ou preocupação com a forma como as pessoas eram tratadas antes, durante e depois das filmagens. 

A proposta da Afterglow é oferecer apenas produções feitas de forma ética, com foco no prazer feminino. Além dos filmes, são disponibilizados conteúdos como: entrevistas com a equipe, exercícios íntimos, jornada de masturbação guiada e muito mais. 

7- Touchy-Feely

Você já pensou em fazer o seu próprio vibrador? Essa é a experiência que a Touchy-Feely entrega ao público. Funciona assim: a pessoa recebe um kit e acesso a aulas de programação, eletrônica e outras habilidades necessárias. 

Depois, também através de aulas específicas, será possível montar o seu vibrador totalmente customizado. A marca acredita que entender como as coisas funcionam é fundamental para o sentimento de intimidade em relação aos objetos. 

Por enquanto, a startup ainda está na fase de lançamento. Mas já é possível entrar em contato para garantir o kit e a vaga nos cursos antecipadamente.

8- Raspberry Dream

A RD Dream é uma plataforma de entretenimento erótico. A proposta é oferecer um meio para criar e divulgar arte, eventos digitais e outras produções adultas. Tudo sem nenhum tipo de censura, normatização, rótulo ou preconceito. 

A empresa valoriza produções feitas por pessoas LGBTQIA + e artistas BIPOC (sigla americana usada para designar negros, indígenas e povos com diversos tons de pele).

9- Confessions App

Quem não gosta de viver aquela fantasia ou fetiche com aquela pessoa especial? O problema é que pode bater certo constrangimento na hora de confessar desejos um pouco mais, digamos, fora do comum. O Confessions veio para resolver a situação. 

Funciona assim: você e a outra pessoa instalam o app, cada qual no próprio celular. Depois, vocês se conectam, diretamente pelo aplicativo. Aí, cada um irá escolher as fantasias ou fetiches que deseja experimentar. 

Se as duas pessoas escolherem a mesma coisa, o app notifica vocês. Caso contrário, o sigilo está preservado. Ou seja: a outra pessoa jamais irá saber o que você selecionou. São centenas de possibilidades cadastradas. A proposta é incentivar a descoberta e facilitar o diálogo sobre sexo. 

O app também pode ser usado por uma pessoa sozinha ou por mais de duas pessoas. Afinal, não existem regras no mundo do prazer.

10-  Make love not porn

Nós sabemos que maior parte de vídeos que mostram sexo são feitas pela indústria pornográfica. O Make love not porn vai na contramão disso. A plataforma mostra sexo feito na vida real, sem atuação, direção e todo o aparato envolvido em vídeos tradicionais. 

A proposta é socializar o sexo e mostrar como ele acontece de verdade, para diferentes pessoas, em diversas situações. Ou seja: as pessoas filmam a si mesmas em momentos de intimidade e compartilham o conteúdo com outros usuários. 

A MLNP deixa claro que não se trata da categoria “amadores”, muito popular no universo pornográfico. A ideia é mostrar como o sexo de fato acontece. 

Por isso mesmo, há uma ampla diversidade de pessoas, corpos, gêneros e muito mais. A missão da empresa é conscientizar sobre a diferença entre sexo e pornogrfia e ampliar o conhecimento sobre práticas sexuais.

Qual o futuro das sextech

Ao observar as sextech e suas diferentes abordagens junto ao mercado no Brasil e no mundo, é fácil perceber um ponto em comum.  Essas empresas vão muito além do prazer. A sexualidade passa a ser percebida como parte fundamental da saúde e do bem-estar das pessoas. 

De acordo com o portal Future of Sex, as possibilidades são muitas. Dentre as principais tendências do mercado, é possível destacar:

  • Fim do falocentrismo: Com o crescimento de startups que pensam em pessoas dos mais diversos gêneros, a tendência é que os brinquedos eróticos tenham formatos cada vez mais variados. Os objetos com formato de pênis serão substituídos por com design inovador, pensado para o prazer de quem tem vulva ou vagina;
  • Consumo de pornografia: As produções pornográficas continuarão a existir, mas a tendência é uma mudança no formato. Um bom exemplo são os áudios eróticos. Além disso, é possível notar o cuidado com a pornografia ética, ou seja, feita sem que nenhum dos envolvidos sofra agressão, coerção ou exploração;
  • Saúde e sexualidade: Os consumidores procuram por empresas focadas na saúde física e mental proporcionada por uma boa relação com o corpo e com a sexualidade. A busca pelo autoconhecimento e por formas seguras para sentir prazer também se afirma como tendência no mercado;
  • Diversidade: É comum ver as sextech oferecendo possibilidades para que todas as pessoas possam sentir prazer com liberdade e segurança. A democratização de produtos e serviços para pessoas com deficiência, pessoas LGBTQIA +, pessoas não-binárias, pessoas idosas, entre outras, deve ser um foco cada vez maior para as sextech.

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