Decidir o melhor contraceptivo para você nem sempre é algo simples ou descomplicado. É preciso levar em consideração: eficácia, possíveis efeitos colaterais, modo de usar, durabilidade, entre outros.
A verdade é que não existe um método perfeito. O que existe são aqueles que se adaptam melhor de acordo com a saúde, o estilo de vida, o corpo e a vontade de cada pessoa. Por este motivo, é importante se informar bem sobre o que é e como funciona cada anticoncepcional.
Além disso, é fundamental consultar um médico para ter a certeza de que você está fazendo a melhor escolha e de que o método escolhido não irá prejudicar a sua saúde.
Hoje vamos falar sobre o DIU, ou Dispositivo Intrauterino. Descubra o que é, como funciona e quais são os diferentes tipos de DIU disponíveis. Continue lendo e descubra mais.
O que é e como funciona o DIU (Dispositivo Intrauterino)
O DIU, Dispositivo Intrauterino, é um objeto feito para ficar dentro do útero. Ele costuma ter a forma de um “T” ou de um “Y”, é pequeno e flexível.
A primeira coisa a saber é que há dois tipos de DIU. Os dispositivos não hormonais são feitos de cobre ou de prata. Os dois funcionam da mesma forma. O metal altera as características do muco cervical, que por sua vez passa a diminuir a mobilidade dos espermatozoides na região.
Já os hormonais, como o nome indica, são feitos com um hormônio, o levonorgestrel. É uma substância feita em laboratório, que tem a mesma função da progesterona, hormônio produzido pelos ovários.
O DIU hormonal irá liberar o levonorgestrel no organismo de forma contínua. O muco cervical se torna mais espesso, o que diminui a mobilidade dos espermatozóides. Além disso, o tecido que reveste o útero, chamado de endométrio, fica mais fino, o que diminui ainda mais as chances de fecundação.
Além disso, em ambos os casos, o DIU impede que o óvulo evolua para um embrião. Ou seja, esse método previne a gravidez em mais de uma etapa. Esse é um dos motivos pelos quais a eficácia do dispositivo é bastante alta.
De forma geral, o DIU é um método confiável e com muita durabilidade. Dependendo do modelo, ele pode ficar no corpo por cinco ou dez anos sem a necessidade de troca.
Um enorme ponto forte do DIU é a eficácia. Ao contrário do que ocorre com outros métodos contraceptivos, como a pílula, o adesivo ou a injeção hormonal, a pessoa não precisa lembrar de usar o dispositivo regularmente. Ele está sempre no corpo.
Por este motivo, as falhas causadas pelo esquecimento não acontecem com o DIU.
Parece incrível, não é mesmo? Mas será que todas as pessoas podem usar esse método?
Quem pode usar DIU?
O DIU pode ser utilizado em diversas faixas etárias. De acordo com a ginecologista Tânia Gewehr, não existe uma idade mínima para a colocação. Basta que a pessoa já tenha uma vida sexual ativa.
Da mesma forma, quem tem mais idade, por exemplo, acima dos 40 anos, também podem utilizar o dispositivo.
A dra. Tânia explica, ainda, que o DIU pode ser usado por pessoas que já tiveram uma gestação e também por quem nunca passou pela gravidez. Pessoas que já tiveram um aborto, de forma acidental ou não, podem usar o DIU desde que não haja nenhuma infecção ou complicação posterior.
O Dr. Igor Padovesi lembra, ainda, que o DIU é um método completamente reversível. Ou seja: ele não prejudica a fertilidade a longo prazo, ao contrário do que se acreditava há algum tempo atrás.
No entanto, como qualquer método contraceptivo, a indicação do DIU irá depender da avaliação de um médico.
Quem não pode usar o DIU
Nem todas as pessoas podem usar o dispositivo intrauterino.
Se você suspeita ou tem certeza de que está passando pela gestação, não deve usar o DIU, pois há o risco de prejudicar o desenvolvimento do feto. Se a pessoa já usa o DIU e suspeita de gravidez, o indicado é procurar atendimento médico o mais rápido possível.
Quem tem alguma anormalidade no útero, como estenose cervical ou útero bicorno não deve usar o DIU. O mesmo ocorre em pessoas com miomas grandes.
Vale sempre lembrar que apenas um profissional da saúde pode fazer o diagnóstico desses ou de qualquer outro problema uterino.
Pessoas que estão com algum tipo de infecção ginecológica, independente do tipo, devem fazer um tratamento e receber alta médica antes de começar a usar o DIU.
Se você tem ou teve qualquer alteração na vulva, vagina, útero ou ovário, é importante que o médico faça o diagnóstico antes de decidir se o DIU deve ou não ser usado.
Pacientes com câncer de colo do útero ou câncer do endométrio não devem usar nenhum tipo de DIU.
Já quem está passando pelo câncer de mama ou por algum tipo de doença no fígado não pode usar o DIU hormonal.
Além disso, quem tem alergia a metais como cobre ou prata não deve usar os DIUs feitos com estes materiais. O mesmo vale para pessoas com hipersensibilidade a qualquer outro componente do DIU, seja ele hormonal ou não.
Nunca é demais lembrar que o médico precisa ser informado de todo o seu histórico e condições atuais de saúde. Apenas desse jeito ele poderá indicar ou não uso de DIU para você da melhor forma possível.
Os 4 tipos de DIU
Agora que você já sabe como o DIU funciona, é hora de vermos mais de perto cada um deles. Conheça mais detalhes de cada um dos tipos de dispositivo disponíveis:
DIU hormonal
O DIU hormonal, também conhecido como Sistema Intrauterino ou SIU, é chamado desse jeito porque libera um hormônio sintético, o levonorgestrel, no organismo. Há dois tipos de DIU hormonal.
1- DIU Mirena
O Mirena libera 20 mcg de levonorgestrel a cada 24 horas, o que é considerada uma dose bastante baixa. Saiba mais sobre o DIU Mirena:
Vantagens: A baixa dosagem hormonal minimiza os efeitos colaterais, conforme explica o Dr. Igor Padovesi. Ainda de acordo com o médico, a pequena quantidade de hormônios reduz consideravelmente o risco de trombose.
Além disso, o uso do Mirena costuma diminuir o fluxo menstrual. Em alguns casos, a pessoa para de menstruar completamente, mas esse resultado não é garantido, de acordo com o ginecologista Heitor Rodrigues.
Desvantagens: O DIU Mirena costuma ser mais caro que os DIUs não hormonais. A boa notícia é que é possível contar com a cobertura do plano de saúde para fazer a colocação.
Outra desvantagem do DIU Mirena é a ocorrência de sangramentos irregulares, ainda que a pessoa fique sem menstruar.
Efeitos Colaterais: Embora a ocorrência de efeitos colaterais seja menor com o DIU do que com outros contraceptivos hormonais, elas podem ocorrer.
Conforme a bula, os efeitos colaterais muito comuns são: dor de cabeça, dor na região pélvica ou do abdômen, alterações no fluxo menstrual, inflamação na vulva ou vagina e corrimento vaginal.
Já sintomas como: alteração no humor, enxaqueca, náusea, acne, surgimento de pelos no corpo, dor nas costas, infecção do trato genital superior; surgimento de cistos, cólica menstrual, dor nas mamas e expulsão do dispositivo são mais raros, mas também podem ocorrer.
Lembrando sempre que, se um desses efeitos surgir, você deve buscar ajuda médica o mais rápido possível.
Eficácia anticoncepcional: É uma das mais altas que existem. De acordo com a ginecologista Milena Mazurek, o índice de falha é de 0,2%.
O DIU Mirena é considerado mais seguro que os dispositivos de cobre ou de prata. Depois da remoção, a fertilidade da pessoa volta ao normal em pouco tempo.
Tempo de proteção: O DIU Mirena tem eficácia comprovada de 5 anos.
Para quem é mais indicado: De acordo com a bula do fabricante, o Mirena é indicado para quem busca um método contraceptivo de longo prazo.
Além disso, ele pode ser usado para aliviar os sintomas de pessoas com excesso de sangramento menstrual sem causa orgânica.
Quem faz reposição hormonal também pode usar o Mirena para prevenir a possibilidade de crescimento excessivo do endométrio.
2- DIU Kyleena
Os dois DIUs, Mirena e Klyeena, são bastante semelhantes. Ambos funcionam com a liberação do mesmo hormônio.
A diferença está no fato de que o Kyleena tem as medidas um pouco menores. Além disso, ele tem uma quantidade ainda menor de hormônios.
Nos primeiros 24 dias após sua inserção, são 17,5 mcg diárias. Essa quantidade diminui progressivamente. Depois de dois meses, ele irá liberar regularmente 15,3 mcg por dia.
Vantagens: A dosagem hormonal ainda mais reduzida faz com que o Klyeena seja ideal para diminuir ainda mais a ocorrência dos efeitos colaterais causados pelo hormônio. Outra vantagem é que, por ser menor, a inserção dele costuma ser mais fácil.
Desvantagens: Assim como acontece com o Mirena, o Kyleena demanda um investimento financeiro mais alto. O SUS não oferece o DIU Kyleena. Dependendo do plano de saúde, é possível contar com a cobertura para adquirir o dispositivo.
Efeitos Colaterais: Embora a ocorrência de efeitos colaterais seja menor, de acordo com a bula, são efeitos comuns: dor de cabeça, dor abdominal ou dor pélvica.
O aumento de oleosidade da pele, diminuição ou ausência do fluxo menstrual e ocorrência de cistos no ovário ou de vulvovaginite, que é a inflamação da vulva ou da vagina também podem ocorrer.
Os efeitos menos comuns podem ser: alteração no humor, enxaqueca, náusea, infecção no trato genital superior, aumento de cólicas menstruais, dor nos seios, corrimento vaginal e expulsão do dispositivo.
Ainda que sejam consequências previstas, caso um desses efeitos surja, busque atendimento médico assim que possível.
Eficácia anticoncepcional: O Kyleena é bastante eficaz, com apenas 0,2% de taxa de falha. De acordo com a Dra. Ana Beatriz Matos, ele é mais eficiente para prevenir a gravidez do que a laqueadura.
Tempo de proteção: O DIU Kyleena tem eficácia comprovada de 5 anos.
Para quem é mais indicado: A dosagem hormonal ainda mais reduzida faz com que o Kyleena seja ideal para quem tem sensibilidade ao levonorgestrel.
Devido às dimensões menores, ele é ideal para adolescentes e pessoas que nunca tiveram filhos. Quem tem o útero pequeno, por qualquer outro motivo, também costuma ter mais conforto com o Kyleena.
Dica: Quer saber mais? A Dra. Carla Lebiedziejewski fez um vídeo explicando em detalhes as principais semelhanças e diferenças entre o Mirena e o Kyleena.
DIU sem hormônio
Feitos de cobre ou de prata, esses DIUs são ideais para quem busca um método contraceptivo que não seja hormonal. Descubra mais sobre eles.
3- DIU de Cobre
Este DIU tem a haste principal revestida de cobre. O metal libera íons que dificultam a movimentação dos espermatozóides no útero.
Se, ainda assim, a fecundação acontecer, o dispositivo impede que o óvulo permaneça nas paredes do útero, o que impede a gestação. Saiba mais sobre o DIU de cobre:
Vantagens: Um dos grandes pontos positivos é que ele não apresenta nenhum dos efeitos colaterais causados pelos hormônios. Além disso, o DIU de cobre não causa alterações na mucosa do endométrio.
Do ponto de vista financeiro, esse dispositivo é bem mais barato do que aqueles que possuem hormônios na composição. Este é o único DIU oferecido pelo SUS, portanto ele pode ser colocado sem nenhum custo.
A durabilidade é mais um ponto positivo. A vida útil desse DIU é duas vezes maior do que aquela oferecida pelo Mirena e pelo Kyleena.
Desvantagens: Apesar de não ter hormônios, o DIU de cobre pode mudar a sua menstruação. Isso acontece devido às mudanças vasculares que o DIU causa no útero. O fluxo sanguíneo pode ficar mais intenso e as cólicas podem se tornar mais incômodas.
Efeitos Colaterais: De acordo com o Manual Técnico do DIU de cobre, elaborado pelo Ministério da Saúde, os dois principais efeitos adversos são: aumento do fluxo menstrual e surgimento ou aumento de dores causadas pelas cólicas.
É raro ocorrer, mas a inserção do DIU de cobre pode causar infecção pélvica durante o primeiro mês de uso.
Eficácia anticoncepcional: A eficácia do DIU de cobre é de 99,3%, conforme o manual elaborado pelo Ministério da Saúde.
Tempo de proteção: O DIU de cobre tem a durabilidade de até 10 anos.
Para quem é mais indicado: É ideal para todas as pessoas que desejam um método contraceptivo reversível, de alta eficácia, longa duração e livre de hormônios.
Pessoas que estão amamentando, quem tem alguma alteração mamária, adolescentes, quem nunca engravidou e pessoas próximas da menopausa podem usar o DIU de cobre sem nenhum tipo de problema.
4- DIU de Prata
Esse dispositivo, na verdade, é feito de dois metais diferentes: prata e cobre. A combinação surgiu para evitar a possibilidade (rara) de que o cobre se fragmente dentro do útero.
O DIU de prata também tem a proposta de diminuir alguns efeitos desagradáveis causados pelo DIU de cobre. Saiba mais:
Vantagens: O DIU de prata tem o formato em “Y”, o que facilita a inserção e a remoção, diminuindo o desconforto durante o processo.
Vale lembrar que, por não ser um método hormonal, ele não tem os efeitos colaterais associados aos DIUs Mirena e Kyleena. O DIU de prata é um pouco mais caro que o DIU de cobre.
Desvantagens: Algumas pessoas relatam a diminuição de dores da cólica em comparação com o DIU de cobre. Mas isso não é cientificamente comprovado. Portanto, há chances de que as cólicas menstruais surjam ou se tornem mais fortes.
O fluxo menstrual também pode aumentar um pouco com o uso do dispositivo. Outro ponto negativo é a vida útil. O DIU de prata precisa ser trocado a cada cinco anos.
Vale lembrar, ainda, que o SUS não oferece o DIU de prata. Apenas o dispositivo de cobre é oferecido pelo governo.
Efeitos Colaterais: De acordo com a bula, esse dispositivo pode causar aumento do fluxo menstrual. Também há chances de que as cólicas apareçam ou se tornem mais intensas.
Assim como ocorre com o dispositivo de cobre, há o risco de infecção pélvica durante o primeiro mês de uso.
Eficácia anticoncepcional: Conforme explica a Dra. Fernanda Torras, o índice de falha do DIU de prata está abaixo de 0,5%. Ou seja, ele é bastante seguro.
Tempo de proteção: O DIU de prata deve ser trocado a cada 05 anos.
Para quem é mais indicado: De acordo com a Dra. Amanda Loretti, o DIU de cobre e de prata são bastante semelhantes.
Portanto, o DIU de prata é indicado para quem busca um método contraceptivo reversível, de alta eficácia, longa duração e livre de hormônios.
Ele pode ser usado durante a amamentação ou por pessoas com alterações mamárias. A idade da pessoa e o fato de já ter passado pela gestação não impedem o uso do dispositivo de prata.
Dica: Quer saber mais? A Dra. Amanda Loretti fez um vídeo falando mais sobre as principais semelhanças e diferenças entre os DIUs de prata e de cobre.
Qual o melhor tipo de DIU?
Antes de responder, é muito importante ter em mente que o DIU só pode ser colocado por um médico. Isso significa que todas as pessoas que desejam colocar o dispositivo deverão passar por uma consulta e por um (ou mais) exames.
Portanto, por mais que você tenha a preferência por um determinado tipo de dispositivo, é necessário ouvir a opinião do profissional.
Apenas ele poderá indicar o melhor DIU para você, levando em conta fatores importantes como: seu organismo, histórico de saúde, estilo de vida, objetivos, entre outros.
Quem tem direito a colocar DIU pelo SUS
A princípio, todas as pessoas com útero entre a adolescência e a menopausa podem colocar o DIU gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, o SUS.
No entanto, vale lembrar que o único DIU colocado na rede pública é aquele feito de cobre. Quem deseja fazer este processo, deve ter o cartão do SUS.
Depois, é hora de agendar uma consulta com o médico ginecologista na Unidade Básica de Saúde, a UBS, mais próxima.
O ginecologista irá encaminhar a pessoa para uma unidade de planejamento familiar. A proposta é que a pessoa tenha acesso a informações sobre os diversos métodos contraceptivos disponíveis.
Depois, uma nova consulta com o ginecologista é marcada. O médico irá fazer a consulta e agendar todos os exames necessários para a colocação do DIU.
Se não houver nenhum impedimento, o procedimento para colocar o dispositivo será agendado.O tempo de espera pode variar de acordo com a capacidade de atendimento de cada município.
Vale lembrar que, após a inserção do dispositivo, a pessoa deve agendar uma visita de retorno. Ela é importante para que o médico avalie a adaptação do organismo ao DIU.
Como o DIU é colocado?
Colocar o DIU é um procedimento rápido e simples, que pode ser feito no consultório médico.
É muito importante lembrar que o profissional da saúde, independente da especialidade, deve ter passado por uma capacitação para poder fazer este procedimento.
O médico irá colocar um espéculo para abrir a cavidade vaginal e para poder ver o colo do útero. Depois, com um aplicador, o profissional irá inserir o dispositivo com as abas fechadas no útero.
Ao ser colocado, o DIU abre as abas, ficando em forma de “T” ou de “Y”. Depois disso, devido ao formato, o DIU fica fixo no lugar.
Vale lembrar que o DIU tem um fio, que fica com 1 a 2 centímetros de comprimento na vagina. Este fio não causa dor nem incômodo. A função dele é possibilitar a retirada do dispositivo posteriormente.
Se você quer saber mais detalhes sobre a colocação do DIU, veja a explicação da Dra. Juliana Amato.
Posso colocar DIU sozinha?
De jeito nenhum. Mesmo os profissionais da saúde precisam passar por um curso específico antes de poder colocar e retirar o DIU.
Além disso, é necessário ter acesso a instrumentos médicos, como o espéculo e o aplicador. Além disso, todos os equipamentos devem estar muito bem esterilizados.
Vale lembrar, ainda, que a colocação do DIU feita de forma errada pode gerar inúmeros problemas, como: infecções, perfurações ou septicemia.
Logo, em nenhuma hipótese uma pessoa sem a formação adequada pode colocar o DIU no próprio corpo ou no corpo de outros indivíduos.
Cuidados após colocar o DIU
A inserção do DIU requer alguns cuidados posteriores. O médico provavelmente dará todas as indicações para você.
Mas, de forma geral, é recomendado que a pessoa aguarde alguns dias antes de ter relações sexuais com penetração.
Além disso, é necessário retornar ao médico para ter a certeza de que o dispositivo está no local correto e de que a adaptação está ocorrendo de forma normal.
Em muitos casos, o ideal é fazer um exame de ultrassonografia para ter a certeza de que não há nenhum tipo de deslocamento ou de expulsão do DIU.
Além disso, é necessário marcar uma consulta com o ginecologista a cada seis meses para verificar que não há nenhum tipo de problema com o dispositivo.
Caso algum sintoma, como dores ou sangramentos, apareça de forma repentina, a pessoa deve buscar ajuda profissional imediatamente
Outro cuidado importante é com Infecções Sexualmente Transmissíveis. Embora o DIU seja bastante eficaz como método contraceptivo, ele não impede o contágio por ISTs.
Portanto, é importantíssimo que a pessoa use camisinha em todos os tipos de contato sexual, com ou sem penetração. Lembre-se de que a saúde, a responsabilidade e a segurança devem estar sempre em primeiro lugar.
Perguntas frequentes sobre tipos de DIU
Você está com alguma dúvida sobre o DIU? Respondemos às perguntas mais comuns sobre o assunto.
Todos os tipos de DIU possuem uma eficácia contraceptiva bastante alta, superior a 99%. A maior diferença entre o DIU hormonal e o DIU sem hormônios está no impacto que cada um deles tem sobre a menstruação.
A indicação do melhor DIU dependerá de cada pessoa, do organismo e do histórico de saúde. Portanto, o ideal é conversar com o médico para definir qual tipo de dispositivo é o mais seguro e mais adequado para você.
Depende. Os DIUs não hormonais, ou seja, aqueles feitos de cobre ou de prata, não irão interromper a menstruação.
Já os dispositivos feitos à base de hormônios podem diminuir o fluxo ou mesmo causar a suspensão do sangramento menstrual.
É importante lembrar que a ausência da menstruação depende de cada organismo, portanto não há garantia de que o DIU hormonal irá suspender totalmente o sangramento mensal.
Sim. Conforme a Dra. Laura Lúcia explica, não há nenhum impedimento para que a pessoa com DIU use o coletor menstrual reutilizável.
Vale lembrar, ainda, que o vácuo criado pelo coletor não tem força o suficiente para tirar o dispositivo do local.
Caso a pessoa queira usar o disco menstrual ou o coletor descartável, que ficam próximos ao colo do útero, o ideal é procurar orientação médica.
Essa dúvida costuma estar associada aos DIUs Mirena e Kyleena, que fazem uso de hormônio.
De acordo com o Dr. Luiz Flávio, é possível que haja um pequeno aumento de peso, já que o perfil hormonal da pessoa pode sofrer algumas alterações.
Os DIUs de cobre e de prata, por sua vez, não liberam nenhuma substância na corrente sanguínea. Portanto, eles não causam nenhuma alteração no peso.
A principal diferença entre o Mirena e o Kyleena está na quantidade de hormônio liberada por cada um.
Por ter mais quantidade de levonorgestrel, o Mirena é ideal para auxiliar sintomas como: dores da menstruação, endométrio muito espesso e outras alterações hormonais.
Já o Kyleena é indicado para quem não tem uma tolerância muito grande ao levonorgestrel. Ele libera uma quantidade menor de hormônios no organismo.
A escolha do melhor DIU hormonal irá depender do organismo e dos objetivos de cada pessoa. Por este motivo, o ideal é conversar com o médico antes de escolher um dos dois.
Sim, desde que não seja o DIU com hormônios. Isso porque o levonorgestrel, que faz parte do DIU Mirena e do DIU Kyleena, pode passar para o leite.
Conforme explica o Dr. Igor Padovesi, o DIU não permite que a gravidez comece. Ele é um método contraceptivo, que previne a gestação.
Portanto, ele não é um método abortivo. Vale lembrar, ainda, que todos os tipos de DIU são reversíveis. Portanto, nenhum deles causa infertilidade de forma permanente.
É possível que a pessoa sinta um certo desconforto ao colocar o DIU. Por este motivo, é possível fazer o procedimento com anestesia local, para que a pessoa tenha mais conforto.
Além disso, existe a possibilidade de que a pessoa sinta um pouco de dor até um dia após a inserção. Depois disso, qualquer tipo de dor não é considerada normal e, caso ocorra, é indicado procurar ajuda médica.
Vale lembrar, ainda, que o DIU não causa nenhum tipo de desconforto durante a relação sexual com ou sem penetração.
Sempre que colocamos um corpo estranho no organismo, existe a possibilidade de haver rejeição. É raro, mas em alguns casos a pessoa acaba expulsando o DIU, de forma parcial ou total.
Os principais sinais de expulsão do DIU são cólicas e sangramentos. Mas também pode acontecer de a expulsão não apresentar nenhum sintoma.
Este é um dos motivos pelos quais é tão importante ir ao médico regularmente após a colocação do dispositivo. O profissional precisa verificar que está tudo no lugar certo.
Caso o seu corpo expulse o dispositivo, é necessário seguir as orientações do médico para decidir o que será feito em seguida.
É possível realizar uma nova inserção ou escolher outro contraceptivo. Tudo irá depender dos exames, da avaliação profissional e do desejo da pessoa que usa o DIU.